A respeito das obras no aeroporto regional:

Faz tempo que a Serra só leva pancadas na cabeça.

Não precisa ser arquiteto ou engenheiro para saber que o aeroporto em Correia Pinto foi mal projetado desde o seu início. A começar pela estação de passageiros até a pista de pouso de apenas 1.800 x 30m, fato é que já era necessária uma pista de 2.200 x 45m, a fim de, receber realmente aeronave maiores de 175 a 240 passageiros e seus equivalentes de carga, trazendo turistas de áreas tão distantes como Fortaleza e Recife operando sem nenhuma restrição. Ou sendo o CD, centro de Distribuição, logístico e do e-commerce da Serra.

As autoridades catarinenses e a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias também se negam a providenciar a construção de mais 300 metros de pista de pouso em SÃO JOAQUIM, a fim de, permitir voos com o turboélice de 70 lugares. Hoje, a pista de 1.300 x 30m tem um comprimento insuficiente para a moderna aviação regional e executiva.

O aeroporto da Serra Catarinense (chamar de regional é pensar pequeno) e o de São Joaquim são complementares e indispensáveis. Enquanto em Correia Pinto o transporte tem como objetivo grandes volumes de passageiros e carga com aeronaves Airbus A320-Neo, A321-Neo e Boeing 737 Max-8 e Max-9, São Joaquim visa os voos com o turboélice de 70 lugares ligando destinos apenas da região Sul e São Paulo e os jatos executivos do turismo de luxo que como exemplo, lotam no verão, o aeroporto de Trancoso no Sul da Bahia. Sem a eficiência de nenhum dos dois aeroportos, milhões de Reais são desperdiçados em SC.

Por outro lado, o Estado de Santa Catarina e a mídia local comemoraram com grande alarde e entusiasmo dia 18/04/2024, o lançamento do voo de Florianópolis a Santiago do Chile para o turismo de inverno. Lamentavelmente, promovemos o Chile e não promovemos toda a cadeia de negócios e turismo da SERRA, embora o Chile irá fomentar o turismo de verão em Florianópolis e entorno.

Pergunto: Quantas pontes de embarque terá a nova estação de passageiros no aeroporto da Serra Catarinense? Ou o embarque será como nos anos 1970, a pé pelo pátio na chuva e sol? Ou ponte de embarque não faz nem parte do planejamento?
Saudações e bons voos,

Cláudio Lemos Louzada

 

Achei que o governador viria ao aeroporto para anunciar mais uma companhia de aviação para operar aqui ou no mínimo anunciar que os voos seriam com aeronaves maiores jatos, mas não, grande decepção, anunciou a redução dos voos semanais de 6 para 4 e com a mesma aeronave que voava em Lages. O que Lages e região ganharam com a mudança dos voos para Correia Pinto? nada! Só atraso e inclusive no número de voos.

Eduardo

4 comentários em “A respeito das obras no aeroporto regional:”

  1. E a região já leva na cabeça quando o aeroporto de Jaguaruna, que era um projeto do mesmo tempo do aeroporto da serra, foi inaugurado exatamente 8 anos antes, e já contando com torre de controle e pista de 2500 m, operando hoje com duas companhias aéreas sendo que uma delas utiliza aeronave a jato e agora terá a largura da pista ampliada para 45m para garantir operações de cargas. Por aqui temos 2 aeroportos praticamente com a mesma característica e uma mísera linha aérea a qual a redução de voos é anunciado como algo bom para a cidade, tem cabimento isso?

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  2. Alguém deveria mover Acão Popular – AP para os responsáveis começarem a pagar do seu bolso por essas escolhas catastróficas que fizeram, fazem e continuarão a fazer.

    Não que se possa esperar muito do Poder Judiciário, ou imaginar que o Ministério Público não promova mil questões preliminares para obliterá-la, promovendo arquivamento e nem tão sutilmentente assim, a defesa dos conhecidos políticos de hoje e de sempre. Convém até tomar todas as cautelas diante da retaliacão que costumam acontecer diante de whistleblowers.

    Mas ao menos seria uma acão social e marco histórico que promoveria a compilação, em um único documento, a petição inicial da AP, da receita de tudo o que não deve ser feito, técnica e legalmente, nas próximas gerações.

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