Sobre o julgamento do impeachment do governador Carlos Moisés:

A tendência é que Carlos Moisés da Silva volte a ocupar o cargo para o qual foi eleito a partir da próxima semana. Entretanto, qualquer que seja o resultado, não será surpresa. Quem garante que não teremos um novo Sargento Lima ou Laércio Schuster com votos não previstos anteriormente ? A política é dinâmica. O ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, ensinou: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou”.

Colunista Renato Igor

A decisão do ministro Ricardo Lewandowski, rejeitando a reclamação do deputado Laércio Schuster, que pretendia a suspensão da sessão final do Tribunal Especial de Julgamento do impeachment do governador Carlos Moisés, tem dois efeitos práticos. …. Pelos indicativos e sinalizações dos bastidores, a decisão do presidente do Tribunal Especial de Julgamento, desembargador Ricardo Roesler, rejeitando o requerimento do deputado Ivan Naatz, líder do PL, que pretendia a transferência da data do julgamento, representava o esforço para buscar fatos novos.
O mesmo ocorreria em relação ao recurso impetrado no Supremo Tribunal Federal pelo deputado Laércio Schuster, igualmente com caráter protelatório. Estas reclamações acabam dando ao público a ideia de que a governadora interina Daniela Reihner não conta com o sétimo voto que garantiria sua permanência no governo até fins de 2022.
Como estes julgamentos, contudo, tem sido marcados por votos surpreendentes, importante aguardar o que vai acontecer.

Colunista Moacir Pereira