A audiência Pública realizada, na noite desta quinta-feira(11) para discutir a implantação em Lages de um Porto Seco contou com a participação do Secretário Estadual da Agricultura, Ricardo Gouvêa (na foto, ao lado de Marcius) que havia se comprometido com o deputado Marcius Machado (PL) em prestigiar o evento e assim o fez.
Ele falou depois do delegado da Receita em Lages, Carlos Alberto Padlipskas que disse não ser a favor nem contra, porque não cabe a Receita opinar. Mas, o responsável pelo setor aduaneiro da Receita, Paulo Roberto Antunes jogou um balde de água fria dizendo que dos 62 portos secos existentes no Brasil, restam, hoje apenas 35 porque não estão conseguindo levar em frente o negocio. Observou que é uma questão “matemática.” A própria aduana do porto de São Francisco do Sul, não vai bem. Em SC existem cinco, uma na fronteira, no extremo oeste, nos portos de Imbituva, de São Francisco e Itapuá uma na Capital.
O próprio deputado Marcius observou que para a implantação é imprescindível a realização de um estudo de viabilidade técnica e econômica e este seria o próximo passo.
Outro a contestar a a implantação do porto Seco foi o prefeito de Urubici, Antônio Zilli -aqui representando a Amures- colocando como mais importante o “porto molhado e para a serra ter acesso a ele basta fazer um buraquinho na Serra do Corvo Branco e chegar ao porto de Imbituba”.
Mas, o secretário Gouvêa foi uma voz de alento, observando que é intenção do governo federal, segundo o que conversou com a ministra da Agricultura é”o desafogamento dos portos e para isso se defende a interiorização dos serviços”. A intenção é desburocratizar e “desburocratizar não é apenas eliminar o papel”, destacou o secretário.
Contrapondo ao argumento de que a região é economicamente deprimida e não comporta a implantação de um porto seco aqui, observou que o próprio porto atrais novos investimentos “porque traz a facilidade para fazer todos os procedimentos alfandegários aqui mesmo”.
E ainda forneceu um dado: no primeiro quadrimestre do ano, o agronegócio respondeu por 73% das exportações em SC. “E a economia da região está sustentada exatamente no agronegócio”, disse Gouvêa.
Não tem um agronegócio e uma agricultura npujante na serra, a maior parte dos produtores subexistem com suas colheitas, mas com esse projeto do Marcius renderá varios anos de debates até o final de seu mandato e isso é um bom marketing político, ficar prometendo eternamente igual os pastores evangélicos fazem até cansar o ouvinte, um porto seco demanda um fator político imenso, o qual no momento não temos na serra, nossas forças vivas estão mortas e milagres não são factíveis de acontecer. Não sou votante de candidatos da serra, voto na capital, mas sonhar pode, por que não.