Polese ficou quase oito anos a frente da SCGás

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Conversei com o presidente da SCGás, o lageano Cosme Polese, a respeito da informação de que estaria se demitindo da função. Me disse ele que em 2011 foi escolhido para um mandato de dois anos que depois foi protelado por mais dois e assim sucessivamente, sendo que está completando oito anos, portanto “é natural que tenha exaurido o meu tempo na presidência e estamos em processo de mudança”, mesmo porque a lei que rege as estatais determina um período de permanência e que já teria sido superado.

Cosme observa que dia 18 o Conselho de Administração da Celesc (que é a acionista da SCGás) estará reunido para definir entre outras coisas a nova diretoria da empresa. A imprensa estadual já o nome de Willian Anderson Lehmkuhl, vice-presidente do comitê da International Gás Union como um dos mais cotados para assumir o lugar de Cosme.

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Ele se diz realizado, por entre outras coisas, trazer o gasoduto até Rio do Sul e deixar o projeto pronto para que suba a serra nos próximos anos com recursos assegurados para cinco anos de obras. E, especialmente, por ter conseguido estender os 12 quilômetros de rede para distribuição do gás natural em Lages (cuja obra está em andamento) sem gastar um centavo de dinheiro público. O dinheiro é da própria SCGás.

Ao falar a respeito desta obra, Cosme lembra que o único transtorno decorrente são os buracos abertos no asfalto, hoje preenchidos com lajotas, mas que no final serão todos reparados com asfalto. Cosme também falou das negociações para a compra do gás da multinacional norueguesa Golar Power. Hoje o gás e fornecido pela Bolívia cujo terminal fica no Mato Grosso e os impostos são recolhidos por este estado.

A empresa norueguesa instalará seu terminal em SC “e isso significa milhões em impostos gerados para o nosso estado”, diz Cosme.

Ele diz que nos quase oito anos que atuou na direção da SCGás aprendeu muito e hoje já é procurado como consultor. Este deverá ser seu caminho ao deixar a presidência, porque não pensa mais em política.

“A política eu abandonei há 20 anos. Esta decisão eu tomei quando foi operado da coluna depois de ter participado de uma campanha eleitoral em que concorria a deputado estadual”, lembra Cosme. Não será mais candidato a nada, embora esteja sempre pronto a ajudar o partido.

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