Futuro do LagesPrevi está comprometido e isso precisa ser discutido

Há quem diga que o PSD quer boicotar a CPI do LagesPrevi, uma vez que está negando a indicação de um dos membros. O PP também já abriu mão da indicação.

O proponente da comissão, vereador Jair Júnior tem interesse em participar e teme que acabe ficando para depois do recesso a formação da CPI e o consequente início dos trabalhos.

Ao que parece, grande parte dos vereadores não deseja integrar a comissão, temendo que venha a ser uma dor-de-cabeça ao final dela, como já ocorreu com a CPI anterior, do Natal Infelicidade.

Entendo que esta investigação a respeito do déficit do instituto é salutar pois ajudará a compreender o processo e esclarecer a comunidade sobre a situação que a própria prefeitura vem alertando. O prefeito Ceron lembrou que ele já vem alertando para este problema futuro e até chamou os sindicatos para discutir pois diz respeito também ao futuro dos servidores.

Quando foi feita a opção pela segregação de massa, os servidores que entraram após a data, em 2013, ficaram sobre este novo regime de aposentadoria. Tanto que o LagesPrevi já tem cerca de R$ 40 milhões depositados (dos descontos da previdência dos funcionários novos), mas que não podem ser usados para cobrir o pagamento dos vencimentos dos inativos, todos pelo regime antigo. Os anteriores, do regime antigo estão sujeitos a ter problemas lá na frente porque o déficit cresce exponencialmente a cada ano, conforme o número dos servidores que vão se aposentando.

Dos mais de 5 mil servidores ainda restam 2.159 que ainda não se aposentaram. Quando isso acontecer, o déficit deve alcançar mais de R$ 10 milhões mensais e a prefeitura dificilmente terá condições de cobrir.

A única solução seria aumentar o valor da contribuição destes 2.159 servidores, mas o prefeito Ceron pergunta: os servidores irão aceitar este aumento de contribuição? Não há chance de um projeto desta natureza passar pela Câmara, porque ocorreria o mesmo que aconteceu com a redução das férias dos professores de 45 para 30 dias.

Em nenhum outro lugar do mundo isso ocorre, mas não há possibilidade de passar o projeto pela Câmara. Tanto que os ditos projetos que previa a perda de benefícios, foram retirados da pauta, antes da votação, pelo próprio prefeito, na segunda-feira.

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