A Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal realizam nesta sexta-feira (9) a operação Véu Protetor para desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes tributárias e previdenciárias, estelionato e desvio de recursos de entidades de assistência social. De acordo com as investigações, o grupo tinha como líderes a deputada federal Raquel Muniz e o marido dela Ruy Muniz, prefeito afastado de Montes Claros (MG).
Alguém perguntaria o que temos a ver com esta investigalçao que ocorre lá em Minas Gerais?
Mas, temos!
Estão sendo feitas investigações Montes Claros (MG), Lavras (MG), Contagem (MG), Brasília (MG) e Lages (SC).
E há agentes da Polícia Federal na cidade.
Segundo a Receita Federal, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em empresas do grupo e em endereços residenciais da família, além de 12 conduções coercitivas. As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal.
O prejuízo pode ultrapassar R$ 300 milhões.
“Apurou-se que o núcleo familiar da organização criminosa, ao longo de quase duas décadas, vem promovendo a apropriação e a subtração de recursos das entidades beneficentes para enriquecimento pessoal e uma vida de luxo e ostentação, incluindo mansões e imóveis de alto valor, aeronaves, automóveis de luxo, além de elevados saques e desvio de valores para custeio de despesas pessoais e políticas, muitos dos quais esquentados por contratos fictícios”, afirma a nota divulgada pela Receita Federal.
O esquema
Segundo as investigações, que estão sendo realizadas há mais de dois anos, os políticos envolvidos seriam administradores de 133 instituições que prestam serviços nas áreas de Saúde e Educação em todo o território nacional.
“Essas instituições são mantidas pela entidade beneficente, associação “sem fins lucrativos”, e teriam deixado de recolher mais de R$ 200 milhões em tributos, além de outros R$ 100 milhões que já estão devidamente lançados e inscritos em dívida ativa”, afirma a Receita.
Durante as investigações, foram identificados esquemas de lavagem de dinheiro, que serviria também para aquisição de jornais, rádios e outros veículos de comunicação, objetivando consolidar a influência política dos investigados.
Como funcionava: