31 comentários em “O vídeo que gerou a nota de repúdio por racismo religioso”

  1. Em Defesa da Palestra sobre Exu e da Diversidade Religiosa no Brasil

    Nos últimos dias, surgiram críticas lamentáveis a uma palestra sobre Exu, entidade sagrada do Candomblé. É preciso esclarecer, com serenidade e firmeza: uma palestra sobre Exu não é — e jamais poderia ser — uma afronta às religiões cristãs ou a qualquer outra fé. Exu é parte essencial das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, que, por sua vez, são fundamentais para a formação da identidade cultural brasileira. Negar isso é negar parte da nossa própria história como povo.

    No vídeo que ataca a palestra, o vereador cita a “cultura ocidental” como se isso fosse um argumento legítimo. Mal sabe ele que, para muitos europeus, norte-americanos, australianos e neozelandeses — considerados os verdadeiros “ocidentais” — nós, brasileiros e latino-americanos, somos vistos de maneira distinta. Somos, para eles, “o outro”: mestiços, latino-americanos, periféricos. A cultura brasileira não é uma mera extensão da cultura europeia; ela é o resultado de uma profunda mistura entre indígenas, africanos e europeus, moldada pelo sofrimento e pela resistência.

    Atacar uma religião, discriminar uma crença, é uma forma grave de violência. Basta lembrar dos absurdos proferidos durante a recente tragédia climática no Rio Grande do Sul, meu estado natal, onde religiosos ignorantes tentaram atribuir o fenômeno ao “castigo divino” pela presença de templos de religiões afro-brasileiras. Além de ser uma ofensa à inteligência humana, é uma demonstração brutal de racismo e intolerância.

    Uma palestra sobre Exu, sobre Orixás, sobre religiões afro-brasileiras, não é doutrinação. É educação. É cultura. É resistência. É reconhecimento da importância de uma raça e de uma fé que, com a graça de Deus, ajudaram a formar o povo brasileiro. Negar isso é uma tentativa de “clarear” a história, de embranquecer nossa alma coletiva.

    Falo como católico. Fiel às minhas obrigações religiosas, mas também fiel à minha consciência de que Cristo ensinou o amor e o respeito ao próximo — não a intolerância, nem o ódio. Essa reação contra a palestra revela traços de intolerância, xenofobia e racismo, infelizmente comuns entre os extremistas que emergiram nos últimos anos, tanto da chamada “linha conservadora do mal” quanto dos radicais da “lacração” oposta. Ambos os extremos são faces do mesmo problema: a intolerância que mergulha nossa sociedade em divisão e caos.

    Respeitar o Candomblé, respeitar Exu, respeitar a diversidade de fé dos brasileiros, não diminui a fé cristã — pelo contrário, engrandece o espírito cristão verdadeiro.

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  2. O vereador está certo.. cada um defende o que acredita ser obrigado a ir é sim um ato de mentira e imposição deve ir que quiser e não ser obrigado..parabéns vereador

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  3. AO OBSERVAR O VIDEO NOTEI UMA COISA. OBRIGAR OS ALUNOS A IR VER A PALESTRA NÃO ESTA CERTO, VIVEMOS AINDA EM UMA DEMOCRACIA , QUE SANGRA A CADA DIA. VAI ASSITIR QUEM QUISER. SIMPLES ASSIM.

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    • Essa informação é caluniosa. O vereador mente, não faz nem ideia de como se deu a estruturação da aula, que aliás não teve nenhuma relação com os estudantes, pois era uma aula promovida por outro programa de pós-graduação da Universidade do Estado do Amazonas. Não tem nada de obrigação! O que há é mal caratismo e burrice. Esse vídeo é uma farsa do início ao fim.

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  4. É lamentável ter vereadores com pensamento, Intolerância religiosa é a discriminação ou o desrespeito aos direitos religiosos de outros, manifestada por atitudes ofensivas, agressivas ou que ferem a dignidade religiosa. Inclui atos de discriminação, ofensas, insultos, ameaças e até violência física por causa da religião de alguém. mais respeito as religiões de matriz africana

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  5. Os ignorantes podem entender como intolerância reversa, mas quanto mais cresce o número de evangélicos (conservadores extremistas), mais avança a intolerância, o ódio em nosso país. Parabéns Carlos de Lima pelo texto, bem explicativo e reflexivo. A atitude do tal vereador, não há nem o que falar, é simplesmente REPUGNANTE!

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  6. não sejamos ignorantes, ninguém deve ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser por expressa lei. quem quiser ir em palestra ou seminário etcc… seja de católicos, evangélicos, espiritas, afro religiões, que vá. ninguém deve ser obrigado ir ou deixar de ir, apenas respeitar.

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  7. Perfeito Texto Carlos.
    O Deus é o mesmo em todas religioēs,só muda a forma de cultuar.
    Este vereador deveria pequisar o significado do EXU no Camdomblé e Umbanda.
    Pratique mais a leitura vereador,ela enriquece os conhecimentos e o sr não faltará besteira.

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    • Respondendo àqueles que dizem que “ninguém é obrigado a assistir o que não quer”, gostaria de trazer uma reflexão pessoal: em se tratando de uma universidade, as aulas, de modo geral — especialmente aquelas ligadas à grade curricular — são sim obrigatórias.

      Vejo simpatizantes do vereador tentando justificar sua postura para evitar que ele seja rotulado como intolerante, mas, sinceramente, esse argumento soa no mínimo inadequado. Ao longo de toda a minha vida escolar — no ensino fundamental, médio e superior — perdi a conta de quantas aulas eu não queria frequentar, mas que, ainda assim, faziam parte da minha formação.

      Assim funciona a vida acadêmica: o aluno assiste às aulas para ampliar seus horizontes, formar senso crítico e, num ambiente saudável, ter a liberdade de expressar seu pensamento ou mesmo de contestar o do professor de maneira respeitosa.

      Portanto, peço que reflitam. Sigam nervosos, se quiserem, os defensores da tradição, da família e dos costumes — mas saibam: a intolerância também acaba sendo uma de suas marcas registradas.

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    • Ninguém foi obrigado a assistir nada! Tratava-se de uma atividade do Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado do Amazonas (bem longe de Lages, não é?). A aula magna foi divulgada na forma de convite para qualquer pessoa participar, inclusive o vereador poderia ter entrado na aula para aprendera alguma coisa, a aula era gratuita e pública. Se informem primeiro, antes de falarem besteiras ou replicarem o que não sabem.

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    • Um absurdo esse professor exigir que os alunos participem dessa aula. Professor colocou no grupo que todos deveriam assistir porque iria valer nota na disciplina. Entrei na aula e era impossível ficar até o final, só por obrigação mesmo! Uma palestrante chegou a dizer que a “sua libido” estava aumentada para participar do encontro.

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      • Conta pra gente: Qual professor colocou? Você é estudante do curso? Então, conta aí, em qual grupo e qual professor disse que “todos deveriam assistir porque iria valer nota na disciplina”? Qual disciplina se trata? Conta mais sobre esse palestrante que falou sobre “sua libido”, quem é ele e como você assistiu a palestra? Se souber responder todas essas perguntas é sinal de que não está mentindo! Se não responder ou não souber, está claro que se trata de uma propagadora de mentiras.

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  8. Boa tarde, este vereador Jhonatan Mendes deveria se preocupar com as questoes gritanres da nossa cidade,como desenvolvimento social,pobreza,infraestrutura,saude e educacão. é o pior vereador em producão legislativa, ele nem aparece falando na tribuna nas sessoes que vejo no youtube lamentavel.Acho que ele vive um dilema pessoal entre sobre o que pensa e como deve agir pessoalmente ou ter que defender executivo e suas ações desconectadas. velho dilema apoiar para ter apoio da prefeitura ou criticar em função dos principios. ESTE VIVE UM DILEMA PESSOAL . SER OU NÃO SER OPOSICÃO A CARMEN.

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  9. Deixa eu ver se entendi… Obrigar alunos de Pós Graduação de nível Strictu Senso a comparecerem em evento direcionado a uma determinada crença ou religião, sob pena de prejuízo nas notas no caso de não comparecimento, isso está tudo certo, mas, daí quem se posiciona contra essa arbitrariedade, daí este passa a ser imediatamente acusado de racismo religioso? Aonde vamos chegar com tudo isso? Se querem estudar sobre Exu, etc e tal, não vejo nenhum problema quanto a isso, quem se interessa por esse tema que faça bom proveito, mas, daí, querer forçar aqueles que não se identificam com essa ideologia a estarem presentes coercitivamente em um ato voltado a essa crença, isso já é demais… realmente fica cada dia mais nítida a inversão de valores, onde todos os que se posicionarem de forma diversa a essa ideologia defensora das “minorias” e afins, de antemão é tachado como opressor. Situação lamentável.

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    • A Sra. Patrícia já esclareceu que a participação na aula não era obrigatória. Portanto, é lamentável que alguém propague informações falsas, criando um cenário de coação inexistente e sem qualquer base legítima.A liberdade de expressão é um direito fundamental, mas não é absoluto. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso IV, garante a livre manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.​ Se o senhor deseja manter o anonimato, sugiro que utilize um pseudônimo mais respeitável. O uso de apelidos de gosto duvidoso, como ‘Jalin Habbei’, apenas compromete a seriedade do debate e desvia o foco das questões realmente importantes.
      Debates devem ser pautados pela honestidade intelectual e pelo respeito mútuo. Espalhar desinformação e utilizar pseudônimos ofensivos não contribui para a construção de um ambiente saudável e respeitoso.

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    • Já começou mal a sua resposta. “Deixa eu ver se eu entendi”… Não, amigo, nem tente, você não entendeu nada! Não faça mais esforço, que pode pifar o motor! Essa conversa de quem algum aluno foi obrigado a algo sob pena de nota é o único argumento (mentiroso, como já disse) que sobrou para defender o vereador? Então, vocês estão falhando miseravelmente, pois essa mentira (sem prova alguma, por sinal) é insuficiente para defendê-lo do crime de racismo religioso, intolerância religiosa, difamação e calúnia contra professores. Neste caso, não há muito esforço para se provar o crime, pois o próprio vereador produziu prova contra si mesmo. Apagou o vídeo, pois arregou na última hora (como todo bolsominion que não sustenta o que fala e faz), mas pelo visto algumas pessoas conseguiram preservar o registro. Espero que ele responda por seus crimes. Sem anistia.

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  10. O que lembro é do vereador petista de Curitiba que invadiu a igreja em uma reunião onde a sua maioria era idoso. E lulis o defendeu e defende a te os dentes.

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  11. Leiam mais e joguem menos pedras

    Entre vivos e mortos quais fronteiras? Isso aconteceu na França no século XIX. Estamos em plena era das IA e vem um debate inócuo questionando a fé. TicTocs e outras masturbações algaritmicas fazem parte do cotidiano de pessoas de idades precoces até os mais moribundos. Onde quero chegar? Fé, Tendências políticas e time de futebol sempre deram Ibope e ainda continuam… Num mundo que caneta azul vira sucesso musical vai se esperar o quê?

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  12. Eu vi que já conhecia este nome de algum lugar… Carlos de Lima e Silva Filho é aquele médico que deu “piti” na internet porque uma impressora da UPA não funcionava, sendo que haviam mais 15 pra usar no local… Tá bem reflexivo e argumentativo aqui nos comentários, bem diferente do vídeo.

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    • Sou eu mesmo, o “médico da impressora”. Curioso como uma denúncia sobre falhas técnicas ignoradas por mais de seis meses virou motivo de piada, né? Na época, disseram que havia “15 impressoras” — o que não disseram é que boa parte delas servia só pra enfeitar. O vídeo mostra meu destempero, sim, mas não mostra o caos diário que enfrentávamos para atender a população com dignidade
      Graças ao “piti”, o problema foi resolvido. Se for preciso passar vergonha pública para fazer a máquina funcionar (literalmente), eu passo de novo. Porque o silêncio, esse sim, nunca resolveu nada , mas a propósito , Eudes Penteado , Benjamin A. Holla , Jalim Habei, você é um só , ou são um trio de alunos da quinta série ? Porque você foi cutucado antes , siga se escondendo no anonimato , a diferença entre nós é que sou homem e adulto para assumir opinião e atitudes erradas já você ou vocês , nunca vamos saber , só resta mesmo o anonimato.

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      • Exatamente, Carlos. Esse povo não traz a mínima contribuição pra nenhum debate público. São caçadores de like, polemizadores e frouxos que se escondem sob pseudônimos de gosto duvidoso.

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