Lava Jato chega a Santa Catarina
Começa a respingar em Santa Catarina as ações da Delegacia de Combate ao Crime Organizado – Grupo de Trabalho da Operação Lava Jato. No portal de Notícias do Estadão (www.estadao.com.br/), a lupa da Polícia Federal mira na Casan, Companhia de Água e Saneamento de Santa Catarina.
A estatal lista entre as suspeitas de prática de crimes que estão sendo investigados à partir da o chamado “departamento da propina” – nas apurações da 35ª fase, batizada de Operação Omertà, que prendeu na segunda-feira, 26, o ex-minnistro Antonio Palocci.
Ao todo, estão sendo abertos inquérito sobre propinas da Odebrecht em 38 obras.
As investigações visam apurar supostos crimes de corrupção ativa passiva, quadrilha, lavagem de capitais e de fraude licitações.
O delegado da Polícia Federal Filipe Hille Pace, da equipe da Lava Jato, em Curitiba declarou ao Estadão: Relaciono algumas das obras públicas e/ou consórcios e empresas indicadas no documento mencionado, repetindo que, por se tratarem de arquivos recuperados, estão parcialmente corrompidos, não sendo permitindo vincular diretamente as obras e/ou consórcios e empresas indicadas com os beneficiários encontrados e mencionados”,
Confira abaixo algumas das futuras investigadas da Lava Jato:
Em SC o envolvimento da Odebrecht estaria na área da Casan, segundo o Estadão. Visando a provatização da empresa.
Em agosto de 2011 realmente o governo enviou à Assembleia uma projeto para vender 49% da Casan
Leia a matéra que foi veiculada na época:
" As matérias do governo do Estado que autorizam a venda de ações da Casan tratam da privatização da empresa, e não da formação de uma parceria público-privada, esclareceu o líder do PT, deputado Dirceu Dresch, na tribuna da Assembleia Legislativa. Ele rechaçou os argumentos do governo de que precisa vender parte Casan para fazer caixa e acessar financiamentos já acertados, da ordem de R$ 1,7 bilhão. Para Dresch, o governo tenta confundir a opinião pública ao dizer que a venda de parte da Casan significa apenas capitalização e parceria com o setor privado. “Não é capitalização, é privatização. O acionista minoritário, que comprar 49% das ações, terá o poder de mando, é isso que está definido no artigo 5º do projeto do governador”, alertou. Esse acionista minoritário, qualificado no projeto como “sócio estratégico”, passará a ser o gestor da empresa e decidirá sobre composição do conselho de administração, acordos de acionistas, definição de investimentos, divisão de lucros e emissão de debêntures. “O projeto é um cheque em branco. A Casan tem uma função social, principalmente nos pequenos municípios, e isso conflita com o setor privado, que investe visando apenas a obtenção de lucro.”
Matéria divulgada pela assessoria do deputado na época em que o projeto estava tramitando em 18.08.2011