Relatório foi entregue ao
Ministério Público Federal para
que se tome as providências
Hoje pela manhã os membros das 16 entidades integrantes do Fórum de sindicatos e da Associação dos Sindicatos fialiados a Fiesc fizeram a apresentação do relatório sobre as falhas do projeto e execução das obras das marginais da BR 282.
O relatório de quase 100 páginas mostra detalhadamento mais de 90 erros e problemas das marginais, alguns dos quais muito sérios.
Esse relatório foi entregue ao diretor do Dnit, Ênio Spickler, ao prefeito Elizeu, ao Ministério Público e ao Procurador da República. Também a deputada Carmen Zanotto recebeu uma cópia, assim como o superintendente do Dnit em SC e a direção da Fiesc. Esse último se encarregou de encaminhá-lo às autoridades do setor, em Brasília.
Por que surgiu o relatório?
Segundo o que colocou o presidente da Acil e, especialmente, o engenheiro Celso Marcolin – do sindicato das empresas Metal Mecânico, principal articulador do processo -, a ideia de fazer o relatório surgiu pelo fato de que as queixas sobre os problemas não tinham ressonância. O diretor do Dnit, chegou a sair muito alterado da última reunião que aconteceu na Acil, por causa da cobrança.
“Não queremos o confronto, mas em última análise a responsabilidade pela obra é do Dnit”, disse Celso.
As falhas são inúmeras
O relatório aponta diversas falhas na execução do projeto, entre elas a falta de sinalização adequada, utilização de materiais de baixa qualidade, invasão das vias marginais em residências e a falta de fiscalização de órgãos contratados na supervisão das obras.
Como esse caso, por exemplo, onde quem atravessa embaixo do viaduto na Duque, não tem visibilidade para fazer a travessia da pista.
É uma falha que pode gerar muito acidente graves. Como pode um engenheiro projetar algo desse tipo? E as empresas fiscalizarem e não verem. E ainda o Dnit acompanhar todo o processo e não fazer nada?
“Se fosse eu teria vergonha de comandar uma obra dessas”, disse Celso.
Confrontando com o que dispõe
no edital
O Fórum das Entidades também analisou a obra diante do que está exposto no edital de licitação da obra.
Constatou-se por exemplo que está previsto a semeadura por aspersão de 50 mil metros de sementes (hidrosemeadura) de grama. Já foi pago a empresa, mas não foi semeado sequer um palmo até agora, quando mais de 80% da obra está concluído.
Um milhão somente para a
sinalização
No edital está previsto que seriam gastos R$ 450 mil somente na sinalização da obra enquanto em execução.
Para a sinalização definitiva, só na sinalização está previsto uma gasto de R$ 1 milhão.
Mas até agora não se gastou mais que R$ 2.500,00.
E para o ajardinamento estão previstos outros R$ 1 milhão.
Vejam só para onde vai o dinheiro do povo!