A eleição desse ano trouxe uma nova realidade para alguns municípios da Serra Catarinense: a presença das mulheres, a partir de primeiro de janeiro de 2025, em prefeituras ou Câmaras de Vereadores.
De três mulheres eleitas (Campo Belo do Sul, Palmeira e Urubici) em 2020, saltou para seis em 2024. Em Urupema, Cristiane Pagani que foi eleita vice em 2020, assumiu o comando da prefeitura com a renúncia do titular e agora foi eleita. Com essa nova composição de gênero entre os 18 municípios da Amures, as mulheres representam 33,33% das vagas, pois cresceram numericamente em 100% de uma eleição para outra.
O número de vice-prefeitas também saltou nesse período, saiu de quatro para seis. E chama a atenção que três mulheres eleitas vereadoras em 2020 (Bom Retiro, Correia Pinto e São José do Cerrito), foram eleitas para prefeitas no pleito de domingo (6).
Em Bom Retiro, por exemplo, há apenas duas mulheres na Câmara de Vereadores, elas se uniram e venceram a eleição como prefeita e vice, respectivamente. Outro aspecto a considerar é que nas seis cidades onde mulheres foram eleitas, é a primeira vez que isso ocorre na história política desses municípios.
A escalada das mulheres foi constatada também, nas Câmaras de Vereadores. Saltou de 29 para 37 eleitas, um crescimento de 27,5% em relação aos números das eleições de 2020. Mesmo assim, elas ainda são apenas 21,4%, do total de 173 vagas existentes de vereador na região.
Apesar da legislação eleitoral estabelecer o mínimo de 30% de candidaturas femininas, isso não tem se mostrado suficiente para assegurar a participação igualitária das mulheres nas Câmaras de Vereadores. A legislação deveria assegurar no mínimo 30% das vagas e não apenas de candidaturas.
Texto: Onéris Lopes
Sem dúvida o empoderamento das mulheres é uma realidade. Já pedi para o Munsk no mandar um foguete para Marte, prefiro enfrentar monstros estelares, aliens de duas cabeças, bolsonarianos sem cérebros, do que mulheres empoderadas.