Mulher resgatada em investigação que apura trabalho análogo à escravidão na casa de desembargador de SC

Segundo apurado pelo g1, a mulher, que é surda, comunica-se com dificuldade mesmo em libras. Defesa do magistrado suspeito nega que houve trabalho análogo à escravidão.

A mulher que teria sido mantida em condição análoga à escravidão pelo desembargador Jorge Luiz Borba e a esposa dele teve que usar o auxílio de uma intérprete de libras para prestar depoimento ao Ministério Público do Trabalho na tarde desta terça-feira (6). O g1 Santa Catarina apurou que a mulher, que é surda, usa uma espécie de “linguagem própria” e tem dificuldade de se comunicar mesmo em libras.

O desembargador disse em nota que “aquilo que se cogita, infundadamente, como sendo ‘suspeita de trabalho análogo à escravidão’, na verdade, expressa um ato de amor. Haja vista que a pessoa, tida como vítima, foi na verdade acolhida pela minha família. A investigação do caso é feita pelo Ministério Público Federal (MPF). O casal estaria mantendo, há pelo menos 20 anos, uma pessoa que realiza tarefas domésticas diversas, mas não possui registro em carteira de trabalho e não recebe salário ou quaisquer vantagens trabalhistas.

Operação

 

O MPF informou que a ação na casa do desembargador Jorge Luiz Borba, nesta terça-feira (6), foi motivada por uma investigação que apura “indícios da prática criminosa” após relatos de “trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes”.

Em nota , o órgão disse que a medida tem como objetivo apurar denúncias de que Borba, nomeado para o desembargo em 2008, e a esposa mantêm a mulher em condição análoga à escravidão.

“A trabalhadora seria vítima de maus-tratos em decorrência das condições materiais em que vive e em virtude da negativa dos investigados em prestar-lhe assistência à saúde”, informou o MPF. Conforme o órgão, a mulher tem deficiência auditiva, nunca teve instrução formal e não possui o convívio social resguardado.

4 comentários em “Mulher resgatada em investigação que apura trabalho análogo à escravidão na casa de desembargador de SC”

  1. O Que vai Acontecer Caso este Desembargador de Fato for Culpado
    Aposentadoria Compulsória no Valor 42.000,00 + –
    E Vida que Segue
    este é o País da impunidade

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  2. Atos de amor?

    O senhor desembargados deve estar ciente que ao servidor público só é permitido comportamentos que são expressos em lei, não cabendo o argumento de ignorância. Se ele desconhecia as legislações vigentes sobre esse tipo de situação, talvez não devesse estar ocupando o atual cargo…

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  3. Sem pré julgamentos. Contudo pseudo castas sempre houve no Brasil, e perpetuam-se desde o império. Assessores de políticos, provas de juízes , promotores e outras, essas últimas: 2 provas escritas, etapas que passam os mais preparados, e dentre estes, vem a última prova que é “oral”. Resumindo é a peneira perfeita para alimentar uma casta de privilegiados. Como ocorrem nos Cursos superiores de medicina, ondonto, etc. A faculdade gratuita do Jorginho está “dando na trave”. O governador engambelou muitos, já aquele eleitor leigo, que não sabe ler o país que vive, caiu. E governar até agora, quase nada só promessas, depois que pegam a caneta só ficam olhando no retrovisor, reclamando de tudo, ou fazendo palanque pq a culpa é sempre do anterior, daí no útimo ano o da reeleição vem prometendo resolver tudo, devido que o mandato é curto!

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