Julgamento entra no terceiro dia com interrogatório dos 22 réus na comarca de Lages

Nesta quarta-feira, 29/3, o julgamento de 22 pessoas denunciadas pelo crime de homicídio triplamente qualificado já soma três dias. O júri popular na comarca de Lages é considerado um dos maiores já registrados em Santa Catarina por conta do número de réus. A manhã de trabalho iniciou com o interrogatório dos acusados em sessão presidida pelo juiz Laerte Roque Silva, titular da 1ª Vara Criminal.

Das 13 testemunhas arroladas pela acusação e defesa, nove foram ouvidas em plenário, com a dispensa das demais. Houve depoimento que durou cerca de três horas. Algumas testemunhas falaram sem a presença dos acusados. A fase de depoimentos encerrou na terça com atividades que adentraram a noite. O júri terminou por volta das 22h. Uma hora mais tarde do que no primeiro dia.

Neste terceiro dia, os 33 advogados e dois defensores públicos puderam conversar com clientes antes de serem interrogados. Até o intervalo para o almoço, sete acusados se sentaram no local destinado aos réus no plenário. O primeiro respondeu apenas aos questionamentos da defesa e jurados, por cerca de uma hora. Foi o interrogatório mais longo. Os demais também preferiram somente dar respostas às perguntas dos defensores e jurados. Os outros 15 acusados passarão por esta fase na sequência dos trabalhos. Depois de encerrados os interrogatórios iniciam os debates entre acusação e defesa.

Apesar de complexo pelo número de acusados e pessoas envolvidas na realização, a sessão não teve intercorrência. Não é permitido o acesso do público ao Salão do Júri. Somente a imprensa, em horário definido, pode entrar no local. Polícia Militar, Polícia Penal, Casa Militar e Núcleo de Inteligência do PJSC, além de policiais da comarca e Ministério Público integram a equipe de segurança.

Caso julgado

Conforme a denúncia do Ministério Público, todos, inclusive a vítima, eram envolvidos com organizações criminosas. O homicídio ocorreu em 26 de maio de 2019, no Presídio Masculino de Lages. Consta nos autos que a motivação seria uma dívida com a facção criminosa. Os 22 réus têm entre 23 e 45 anos, com uma média de idade de 31 anos.

NCI/TJSC – Serra e Meio-Oeste

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