Moisés afirma que houve corrupção nos governos anteriores

Acompanhe parte da entrevista que o governador Carlos Moisés concedeu ao Grupo ND

Na sexta-feira passada, o senhor recebeu lideranças do PP e do MDB, que são dois partidos rivais históricos em Santa Catarina. O senhor tem a expectativa de contar com os dois partidos em seu arco de alianças?

A minha escolha partidária, o Republicanos, foi exatamente para que eu pudesse levar essa mensagem a todos os partidos de Santa Catarina. Olha, não será por causa da escolha do governador, se algum partido não poderá estar com ele. Todos os partidos poderão estar comigo.

Para, além disso, obviamente, que esse movimento que a gente faz do Plano 1000 é suprapartidária e atende aos 295 municípios. Então, todos os prefeitos desses partidos representados são contemplados.

Seria muita injustiça da minha parte atender partidos alinhados e deixar prefeituras onde existe o catarinense. Cidadão, homens, mulheres, crianças de Santa Catarina, por questões partidárias, não serem atendidas. Eu tenho dado alguns exemplos de demonstração de que todos podem caminhar ao meu lado a partir da minha escolha partidária.

O senhor já definiu em quem vai votar para presidente da República?

A minha bandeira para as eleições, sejam elas estaduais ou a eleição nacional, é Santa Catarina. Eu vou trabalhar pelo meu Estado. Nós somos o governo mais colaborativo e eu desafio os catarinenses a encontrar uma unidade da federação mais alinhada com o governo federal, mais colaborativa com o governo federal do que a nossa.

Nós estamos colocando uma das bandeiras que nós elegemos como carro-chefe do nosso governo, que é a infraestrutura. Desde 2019 até 2020 nós já tínhamos transferido aos municípios R$ 3,5 bilhões para infraestrutura, para hospitais, para unidades básicas de saúde, para escolas.

Além disso, nós estamos colocando R$ 465 milhões nas BRs, na BR-470, onde morrem cerca de 100 pessoas por ano. São os catarinenses que estão morrendo ali. Na BR-163, R$ 100 milhões, R$ 50 milhões na BR-280 e mais R$ 15 milhões na 285. E vamos ajudar com a 282 também que é esse corredor leste/oeste que as pessoas sofrem.

Vamos aumentar a capacidade dela, tão logo o Ministério da Infraestrutura tenha projetos. É mais de meio bilhão de reais que nós vamos investir em obras do governo federal. Nós só estamos pagando a empreiteira. Os contratos são com o governo federal. As notas são mandadas pra lá e nós só estamos pagando.

Se eu for avançar em termos de colaboração com o governo federal, eu dizia que na pandemia, o Ministério da Saúde não conseguia habilitar na velocidade que nós queríamos os leitos de UTI. R$ 6 mil é uma diária de UTI Covid. O Estado de Santa Catarina bancou, garantiu aos hospitais filantrópicos, aos municipais e aos próprios do Estado que estaria sendo parceiro.

A gente poderia dizer ‘não vou fazer, a competência é do governo federal’. Foi quando me perguntam: mas o que você quer? Qual é a bandeira política, se é direita, se é esquerda, se é centro? Não, o meu projeto é Santa Catarina. O que for melhor pro nosso Estado, com o respeito que o nosso Estado merece, que é o Estado que mais contribui na verdade com o governo central. Um dos que mais contribuem e que menos recebe em troca. 

Uma outra situação entre a cruz e a espada é a questão das emendas impositivas e do próprio Plano 1000. O senhor vem recebendo críticas de que isso é uma forma de cooptação política. Como é que o senhor responde a essa situação? 

Esse Plano 1000 começou em 2019. Eu vou dar um exemplo: Urupema, a cidade mais fria do Brasil. A prefeitura nos ofertou lá um projeto com uma rua coberta, mas era só uma rua coberta, aberta mesmo. Mas um projeto que era de R$ 2 milhões.

Nós levamos para investimento de cerca de R$ 10 milhões na cidade, com infraestrutura, com tratamento de esgoto, enfim, com ambientes fechados para que fique mais acolhedor para que essa cidade turística possa receber as pessoas.

Então não há como criticar um governo que entrega efetivamente e que pega prefeitos, prefeitas pela mão, ajuda nos projetos, qualifica os seus projetos, melhora os projetos e entrega além do que eles nos pedem. Ou seja, nós estamos produzindo o milagre catarinense.

E isso, obviamente, que fere, que machuca políticos que saíram frustrados, que não conseguiram entregar, que fizeram projetos, que chamaram os prefeitos, os prefeitos gastaram dinheiro público para investir em projetos e o dinheiro do Estado não chegou, então enganou muitas pessoas.

E isso, obviamente, que fere, que machuca políticos que saíram frustrados, que não conseguiram entregar, que fizeram projetos, que chamaram os prefeitos, os prefeitos gastaram dinheiro público para investir em projetos e o dinheiro do Estado não chegou, então enganou muitas pessoas.

Não venha imaginar que a gestão pública, a gestão da cidade, se faz com amor. É com dinheiro e pra ter dinheiro você tem que fechar a torneira, eliminar o desvio de recursos públicos que havia. É corrigir os contratos.

Acho que nós economizamos só de revisão de contrato em Santa Catarina, meio bilhão de reais. São mais de R$ 500 milhões em contratos que a gente pagava, quase R$ 1 milhão por mês e baixou para R$ 250 mil. Em 2018, o governo anterior comprou oxigênio para os hospitais por R$ 24 milhões. Na nossa gestão pagamos R$ 12 milhões, metade do preço.

Havia corrupção nas gestões anteriores? 

Não há dúvida. Há muitas formas de corrupção. Então, quando eu falo pra você que eu corrijo um contrato público que me traz uma economia, alguém tá desperdiçando dinheiro ou se relacionando com fornecedores preferidos.

Na área do sistema prisional nós economizamos mais de R$ 100 milhões em revisão de contratos, na área da saúde. Nós estabelecemos o pregão eletrônico, por decreto meu aqui em Santa Catarina em 2019. O pregão eletrônico oportuniza que todos acessem as compras do Estado e façam cotação.

Eu digo que tem muitas formas de corrupção e essa é uma delas, quando você tem amigos que vêm fornecer, que colocam sobrepreço. A gente tem inclusive investigações importantes sobre esses temas em andamento.

3 comentários em “Moisés afirma que houve corrupção nos governos anteriores”

  1. E acho que no dele também, ou o caso dos respiradores, não se enquadra como corrupção?, ainda que já esteja solucionado.

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  2. Porque ele não fala do presidente que mandou bilhões para o estado,e que o estado ficou dois anos sem pagar a divida,e que os corruptos dos 33 milhões cotinuam continuam no seu governo.Traidor do povo catarinense,nao vai ser reeleito nunca republicano em SC virou esquerda.

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  3. Nesse caso não se pode comprometer todo um trabalho de excelência do atual governador! Houve talvez má fé de alguns servidores, que deveriam ser de confiança, mas que já foram identificados e responsabilizados! Em governos anteriores isso seria “acobertado”, ou quase nunca investigados! Na minha opinião, esse é um dos melhores govermos dos últimos anos em SC
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