Não se pode dizer que a CPI terminou em pizza

O resultado da CPI que apurou irregularidades na ocupação do terreno da Sinotruk já era esperado. O relatório final foi rejeitado pois, dos cinco membros, somente o relator Jair Júnior votou pela aprovação. Lembrando que a presidente, Elaine Moraes só votaria no caso de empate. Além dos dois membros do partido que está no poder municipal (PSD), o representante do PSL, também foi contra. O relatório responsabilizava o prefeito e secretários das áreas afins por improbidade administrativa e recomendava a retirada das pessoas que residem no terreno, além da demissão de um deles, já que é servidor municipal (Chicão). Não era de esperar outra coisa diante das circunstâncias políticas: a situação tem o comando da casa e agora ampla maioria com o apoio do PSL, que hoje já não esconde o apoio à atual administração. Mas, de qualquer forma, deu visibilidade ao problema, tanto que o Ministério Público determinou que os dois moradores (José Pires -Cowboy e Adroaldo Gonzatto- Chicão) deixem o local. Caberá então à promotoria dar continuidade ou não ao processo de cobrança das responsabilidades já que tem hoje todos os elementos e provas de que existiam mesmo irregularidades. Se não fosse a CPI, certamente a ocupação das moradias prosseguiria pelo resto da atual gestão. Portanto, não podemos dizer que ela não serviu para nada. E, nem criticar os vereadores que propuseram a apuração dos fatos, pois estão cumprindo exatamente a sua função: fiscalizar a coisa pública. Perguntado a respeito durante uma entrevista à Rádio Clube, o prefeito Antônio Ceron  foi enfático em dizer que nada havia de irregular, mesmo admitindo a interferência do Ministério Público que determinou a retirada dos moradores do terreno. 

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