Médico lageano envolvido na Operação Círculo de Willis deflagrada no Rio Grande do Sul

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de quinta-feira passada (13/5), a Operação Círculo de Willis, que investiga crimes de corrupção e sonegação tributária a partir do fornecimento de materiais médico hospitalares para realização de cirurgias através do SUS em hospitais de Passo Fundo.

Participam da execução da operação 80 policiais federais, que cumprem 17 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Passo Fundo e Porto Alegre (RS), Florianópolis e Lages (SC), e em São Paulo (SP).

A investigação teve início em 2019, a partir de informações coletadas na Operação Efeito Colateral (2018), e apurou a relação ilícita de médicos com empresas fornecedoras de materiais hospitalares, mediante o recebimento de valores pelo direcionamento do uso de produtos das empresas investigadas em procedimentos neurocirúrgicos, majoritariamente realizados através do SUS. As comissões pagas aos investigados variavam entre 20 e 25% dos valores dos produtos utilizados nas cirurgias.

De acordo com as apurações, em 2013, um dos médicos investigados teria realizado 84 procedimentos cirúrgicos com materiais fornecidos pela empresa ao custo aproximado de R$ 1,4 milhões e recebido R$ 284 mil. Desse valor, R$ 190 mil seriam dos procedimentos realizados através do SUS. A estimativa é de que, no período de 2013 a 2018, esse investigado teria recebido indevidamente R$ 1,5 milhão, considerando apenas os procedimentos realizados através da rede pública. Diligências indicaram que parte dos valores eram entregues em envelopes, de forma dissimulada, durante eventos médicos realizados no Brasil, sem a devida declaração ao Fisco.

A Polícia Federal também identificou que o principal investigado teria se tornado sócio oculto de uma fornecedora de molas (stent neurológico) nacionais. A aquisição desses materiais pelo hospital em que atuava também era submetida a sua influência.

Outra fraude investigada diz respeito a estudo sobre eficiência da mola nacional, utilizada pelo principal investigado em cirurgias pelo SUS. O médico teria celebrado acordo comercial com empresa privada para elaborar um estudo clínico que apontaria a eficácia da mola nacional comercializada por ele, porém, em razão de desacordo comercial, o médico deliberadamente alterou o resultado do estudo, passando a apontar que o produto apresentava complicações superiores a 90%.

Os crimes investigados na Operação Círculo de Willis são corrupção passiva, corrupção ativa e sonegação tributária.

https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2021/05/policia-federal-investiga-corrupcao-em-aquisicao-de-materiais-medico-hospitalares-em-passo-fundo-rs

4 comentários em “Médico lageano envolvido na Operação Círculo de Willis deflagrada no Rio Grande do Sul”

  1. Eu sei de qual médico estão falando. O cara é um baita profissional e ninguém pode proibir o mesmo de ser empresário. Tenhamos cuidados com acusações e condenações no auê. As vezes as pessoas são iludidas, e não ações com má fé. Cuidado para não destruírmos vidas e famílias. Chega a que foi destruída do ex prefeito.

    Responder
  2. Não faço a mínima ideia de quem seja… Contudo discordo RADICALMENTE do Jonas..

    Quando o médico deliberadamente alterou o resultado do estudo, passando a apontar que o produto apresentava complicações superiores a 90%,, ele foi muito DESONESTO…

    Então a questão não é ser ou não ser empresário.. mas de ser ou não ser HONESTO… é até que ponto esse material esta colocando em risco a vida de pessoas??? Ou até que ponto esse médico está cobrando a mais por um material de qualidade duvidosa???

    Não faço ideia de quem seja… mas sou totalmente favorável que se denuncie quem é… a a quem doer…

    Responder
  3. O médico é um ótimo cirurgião, porém a ganância de ganhar dinheiro assim como outros médicos, fazem deles inescrupulosos. Só não entendo porque não tem o nome do médico lageano na reportagem?

    Responder
  4. Já suspeitava. O médico aparenta ser uma pessoa extremamente ética, mas na realidade é ganancioso e mal educado. Já consultei com ele e fui extremamente mal tratada após dizer que não teria o dinheiro para o procedimento, assim quando precisei da avaliação dele no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Arrogante com a equipe. Se acha superior.

    Responder

Deixe um comentário