Pinheiro se posiciona com relação às críticas à sua pasta

Prezada jornalista

Primeiramente é fundamental ressaltar que temos como princípio básico de nossa atuação, sermos aplicadores das políticas públicas adotadas no PRODETUR, fomentadores, articuladores e apoiadores das ações que contribuam para o crescimento do turismo em nossa cidade. Nunca nos colocamos e não nos colocaremos como concorrentes do setor privado, preferindo sempre apoiar eventos, ao invés de realizá-los. Não é papel do setor público rivalizar com o setor privado. Neste sentido, e atendendo o que dispõe a lei do marco regulatório, criamos em 2018, 2019 e também em 2020, as chamadas públicas de fomento a realização de eventos geradores de fluxo turístico, onde pudemos auxiliar e firmar parcerias com organizações sociais que organizaram eventos importantes do nosso calendário, como por exemplo, o motoneve, o encontro de carros antigos, a meia maratona, entre outros.

O nosso calendário de eventos aliás, cresceu muito em números e diversidade de eventos. Neste período de 2017 em diante, através de ações de fomento e articulação, resgatamos as atividades automobilísticas, como desafios de jeep, arrancadas de carros e motos, motovelocidade e os famosos e esquecidos Arrancadões de Caminhão, que não era realizado desde 2012 e voltaram em 2017, com edições em 2018 e 2020. Organizamos e articulamos os tão esperados passeios de Maria Fumaça, que agradam ao público local e visitantes. Estes passeios começaram em 2017, com edições em 2018 e 2019, e com a edição de 2020 já garantida.

Pela primeira vez, reunimos organizadores de cavalgadas e criamos o calendário específico de cavalgadas e junto com as cervejarias fomos articuladores do primeiro BeerSerra Festival e estamos imbuídos na criação da rota cervejeira em Lages. Em parceria com agências de turismo locais estamos buscando a criação deste produto turístico inovador e ontem, quinta-feira (20/02/2020), tivemos circulando o ônibus de uma destas cervejarias artesanais levando os amantes da cerveja artesanal em pontos específicos, tais como plantações de lúpulo, pubs e locais especializados em cerveja.

Criamos o envolvimento cada vez maior das entidades, empresas e players do setor turístico. Participamos de feiras e, de forma inédita, articulamos a vinda do evento da Braztoa (Associação que reúne os maiores operadores turísticos do Brasil, e que representam mais de 90% das movimentações turísticas no país), a ser realizado em outubro de 2020 em Lages e na região serrana. Um evento que representa um marco para o turismo em nossa cidade. Obtivemos em 2018 o selo Mais Turismo e ampliamos, através da articulação, a participação das empresas lageanas ligadas ao setor, no Cadastur. No início de 2017 tinhamos 21 empresas cadastradas. Hoje já são mais de 140.

Tudo isso e ainda o envolvimento de nossa equipe na revitalização do centro e do Mercado Público, que já são equipamentos turísticos de excelência.

Em relação a região do Salto Caveiras, iniciamos contatos no início em 2019 com a Celesc, para utilização de área de propriedade da mesma, para criação de um novo equipamento, que possua infraestrutura completa, como restaurante, área de lazer, estacionamento e um mirante, com vista privilegiada para o salto do rio Caveiras, além de calçadas margeando o lago. Tal projeto está sendo elaborado pela equipe técnica da AMURES (Associação dos Municípios da Região Serrana), que se mostrou parceira desde o início das tratativas, e que está em fase final de elaboração. Este projeto certamente será transformador para a questão turística daquela região.

Diante de todas as evidências de um avanço poucas vezes presenciada no setor turístico da cidade e com a consciência de que muito temos que fazer ainda, para que Lages se constitua num polo turístico do sul do Brasil, dizer que nada foi feito ou que não sabe a que veio, é, no mínimo, fechar os olhos para a realidade, considerando que desqualificar um trabalho é a melhor forma de ajudar.

Luís Carlos Pinheiro Filho

Executivo de Turismo

4 comentários em “Pinheiro se posiciona com relação às críticas à sua pasta”

  1. Um pitaco nessa questão do turismo serrano. Sou mototurista, amo viajar de moto. Semana passada fiz uma rota de, no total, 1.400 km. Meu objetivo? Fazer a Rota Rastro da Serpente, que liga Curitiba/PR a Capão Bonito/SP. Capão Bonito não é uma cidade turística, não tem atrativos naturais, como nossa região. Lá o único ponto turístico é uma placa, fixada numa grade, em que, no dia em que eu estava lá, mais uns 20 motociclistas, de diversos pontos do Brasil todo, tiraram fotos. Depois? Depois foram para os hoteis, para os restaurantes, foram gastar dinheiro lá na cidade. Os hoteis são, em sua maioria, ruins, não te oferecem muita coisa, mas estavam bem ocupados. Mas por quê tudo isso? Por que alguém resolveu vender a ideia de que a rota é bonita, e se transformou numa “Meca” para os mototuristas. Outro exemplo ali perto? A placa que demarca o início da “Serra da Macaca”, em SP. Mesma coisa, fila para tirar foto na placa, gente vindo da BA, do RJ, para tirar foto ali e tomar um suco no bar ao lado. Aqui em nossa região temos a “maior Meca” de todo mototurista: A Serra do Rio do Rastro. SE um dia o Governo do Estado resolver terminar a Serra do Corvo Branco, será a “segunda maior Meca” dos mototuristas! Se for criado um monumento qualquer, uma placa qualquer aqui, vira uma rota. Mas aí paro para pensar: quantos lageanos já foram na Serra do Rio do Rastro? Quantos correiapintenses conhecem a cidade de Urubici? Quantos campobelenses já visitaram a Villa Francioni em São Joaquim? O turismo começa em casa, começa com a gente mesmo indo conhecer e visitar esses locais, para que, depois, possamos transmitir essas impressões a nossos amigos do grupo do whatss, para que eles, futuramente, venham nos visitar e conhecer também esses locais. Falta investimento do poder público? Falta, claro! Mas o poder público, sozinho, não fará isso ocorrer. Enquanto nossos “gigolôs de vacas” não investirem em fazer uma placa sequer, enquanto nosso serrano só viajar uma vez por ano para o litoral, mas sequer saber como chegar em Urupema, continuaremos sentados em cima de um diamante, reclamando que estamos com fome.

    Responder

Deixe um comentário