Além de não homologar pedido de operacionalização do aeroporto Correia Pinto a Anac apontou mais dez inconformidades

O deputado Bruno Souza (Novo) acionou o Ministério Público por causa do lento processo de homologação do aeroporto de Correia Pinto. A estrutura, que já consumiu R$ 63 milhões para sua construção, foi vistoriada in loco pelo parlamentar, que disse constatar  “todo o descaso deste processo de homologação que se arrasta desde 2015”.

Bruno solicitou informações junto à Infraero sobre o cronograma de serviços para sanar todas as não conformidades existentes e apelou ao governador Carlos Moisés, para que sugira ao Ministério da Infraestrutura a sua privatização.

Ele aponta as três vistorias da ANAC (cada uma pode custar R$ 30 mil dependendo da categoria do aeroporto) um fato curioso, pois ao final o resultado é sempre o mesmo, a constatação de novas não conformidades nas instalações dos equipamentos.

“Os catarinenses arcam com R$ 140 mil por mês para a Infraero administrar um aeroporto que nada pousa ou decola. Se a Infraero é quem administra o aeroporto, como é que as instalações dos equipamentos não estão atendendo as exigências técnicas exigidas pela ANAC”, argumenta Bruno.

Relatório Técnico de Inspeção com o requerimento das seguintes ações após a inspeção realizada nos dias 02 a 04/12/2019 para a inscrição cadastral do Aeroporto Regional do Planalto Serrano – Correia Pinto/SC feita pela Anac.

1) Implantação de sinalização horizontal de borda de pista de pouso e decolagem entre a pista de pouso e a área de giro da CAB 09;

2) Revitalização da sinalização horizontal de faixa lateral de pista de táxi na área de giro da CAB 09;

3) Nivelamento da faixa preparada da Pista de Pouso e Decolagem (PPD) 09/27;

4) Adequação da extensão de luzes de borda de pista de pouso e decolagem amarelas no sentido 09-27;

4) Remoção de objetos (pregos) fixados nas bordas da pista de táxi A;

5) Adequação da sinalização horizontal de posição de espera de pista de pouso e decolagem, Figura D-6, padrão A];

6) Adequação de trinca longitudinal existente na superfície da pista de táxi de pátio;

7) Adequação do acostamento não pavimentado da pista de táxi A;

8) Adequação da sinalização horizontal de posição de estacionamento de aeronaves nas linhas de virada e de saída das posições 1 e 2 do Pátio;

9) Adequação da altura instalada das sinalizações verticais de saída de pista e de instrução obrigatória, caso a aeronave crítica do aeródromo seja mantida com número de código de referência

2. Para a avaliação dos itens indicados como “Não avaliado” no Relatório Técnico de Inspeção e com suas respectivas observações, são requeridas as seguintes ações:

1) Envio de desenhos com a simulação de tráfego das aeronaves críticas pretendidas (EMB 195, ATR 72, etc);

2) Envio de desenhos, preferencialmente em formato DWG, com os perfis da PPD 09/27 e topografia da faixa preparada;

3) Envio de desenhos as built, preferencialmente em formato DWG, da sinalização luminosa do aeródromo, englobando a PPD 09/27, a pista de táxi A e o pátio de aeronaves; e

4) Envio de Laudo/Relatório de Resistência do Pavimento da PPD 09/27, da pista de táxi A e do pátio de aeronaves, com a respectiva Responsabilidade Técnica.

Ademais, devem ser realizadas as ações abaixo que, por tratarem de posições de estacionamento dedicadas exclusivamente à aviação geral, não são impeditivas ao deferimento do pleito:

Adequação das distâncias entre eixos das posições 3 a 8 do pátio de aeronaves, de modo a atender aos afastamentos mínimos requeridos; e

Adequação da iluminação das posições 3 a 8 do pátio de aeronaves.

Devem ser enviadas evidências (fotografias, desenhos as built etc.) quando da execução dos ajustes requeridos para saneamento das não conformidades.

Em atenção ao Art. 2° da Portaria n° 3.352/SIA, de 30 de outubro de 2018, solicita-se que a referida documentação seja enviada por meio de peticionamento eletrônico no SEI! dentro do processo 00058.113615/2015-24

4 comentários em “Além de não homologar pedido de operacionalização do aeroporto Correia Pinto a Anac apontou mais dez inconformidades”

  1. Esse paraquedista deve estar com assessores na serra para abiscoitar alguns votos por aqui e ele sabe que o problema é a excessiva burocracia aliada a falta de logística para implantar esse aeroporto . Ele está totalmente defasado em estrutura e aparelhagem de funcionamento.

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  2. Como é época de eleição, o que mais aparece espontaneamente são pais e padrinhos de aeroportos. Ao todo, penso que temos umas 50 pessoas que logo ficarão inativas por mais 4 anos.
    Acho que ando chato e repetitivo em meus comentários. Esse aeroporto foi construído por quem nunca projetou aeroportos. Agora, é conserto em cima de conserto para melhorar a obra.
    Mas, os melhores exemplos de pistas regionais dos últimos 08 meses são:
    Obra de aumento da pista em Porto Seguro-BAHIA, de 2.000m para 2.300 metros (2.300 x 45m), inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista-BAHIA 2.200 x 45 e resistência para 85 toneladas, Jericoacoara-CEARÁ 2.200 x 45m e 95 toneladas e também em processo de se tornar internacional. Em projeto Maragogi-ALAGOAS 2.200 x 45m 95 toneladas. Esses aeroportos ou pistas podem receber sem nenhuma restrição operacional todas as versões do Airbus A320-NEO e Boeing B737-MAX de 175 a 230 passageiros. Pelo viés do modal em Santa Catarina…….esqueçe……Saudações,

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  3. Meia dúzia de gatos pingados quis esse inútil aeroporto num local que passa boa parte do inverno debaixo de neblina, sem teto. Desses gatos pingados, uma boa parte já foi embora da serra, muitos talvez tenham ganho algum dinheiro com essa inutilidade, não sei. Sei que desde 2005, quando fui trabalhar em Correia Pinto, eu já acreditava em extraterrestres, mas não que esse enorme elefante branco viria a funcionar. E mesmo funcionando, o que pode levar mais 15 anos, até hoje não se sabe bem que tipo de aeronave aterrissaria ali.

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