Solução é mesmo retirar as famílias das áreas de risco

Ouvi na manhã de segunda-feira, após um dia de intensa chuva, a cobrança quanto a solução que a prefeitura dará para evitar problemas de alagamentos como o que foi visto no domingo, no início da noite. Tenho de concordar com o prefeito Antônio Ceron que adiantava que o volume de 50 milímetros de chuva em duas horas não permite que se evite alagamentos.

Não há como impedir que provoque alagamentos nas áreas mais baixas. Até é possível que algumas obras pontuais possa impedir estragos ou cheias em alguns locais nos bairros, mas no que tange ao rio Carahá é algo muito difícil, e as pessoas que residem ao longo do rio já sabem que isso pode ocorrer, muito mais com uma chuva tão intensa quanto a de domingo.

Mas, é bom observar que estas áreas alagam muito rapidamente com qualquer chuva forte, muito mais em se tratando de uma chuva como a de domingo, mas tão rápido quanto sobem, também rapidamente baixam. Para quem acompanhou a devolutiva dos estudos do CAV/Udesc quando a contenção das cheias ao longo do rio Carahá, sabe disso.

Ficou claro que para permitir a maior vazão das águas nesta área mais central da cidade exigem muitas obras e muito caras, dentre elas a construção de uma barragem e um canal extravasor, ambos de alto custo. Portanto, ao falar em, alagamentos ao longo do Carahá é bom ter isso em mente! É preciso que se discuta alternativas e uma delas está a proposta de transferir algumas moradias dos locais de risco, o que a prefeitura já vem fazendo ao longo dos anos. Mas umas famílias saem e outras já ocupam tais áreas, mesmo sabemos dos riscos.

Os moradores de áreas críticas também têm de colaborar na busca de medidas para reduzir os efeitos destas chuvas mais fortes, pois não adianta esperar que por ação de um milagre o problema seja resolvido de uma hora para outra bastando uma única medida do poder público.

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