Vereadores promoveram bate-boca durante a sessão de terça-feira

Bate-boca ocorrido na Câmara de Vereadores, na sessão de terça-feira, serviu para se colocar um podres para fora e para algumas revelações.

Recebendo o relatório das despesas do legislativo solicitado, cumprindo assim o regimento interno, o vereador Gerson dos Santos ocupou a tribunal para acusar o recebimento e comentar quanto é difícil localizar as informações no portal transparência, e dizer que desconhecia, por exemplo, que foi feita a compra de um veículo de quase R$ 90 mil. Tomando como provocação, o presidente da Câmara, Vone Scheuermann disse que comprou o carro com sete lugares, porque o que a Câmara tinha disponível era de 2012, e colocava a vida dos vereadores em risco ao viajarem com ele. Com este novo carro é possível levar os vereadores em um só veículo quando se deslocar para a capital, por exemplo.

E disse ainda que se o vereador Gerson questiona a compra, porque também não o fez quando o vice-prefeito comprou um carro por R$ 120 mil. Vone resolveu então abrir as críticas se reportando à eleição da atual mesa da Câmara em que Gerson foi derrotado.

““Perdeu a eleição até para o senhor mesmo porque o senhor não agrega. Cuspiu no prato que comeu. Deve sua primeira eleição – está no segundo mandato – ao Elizeu Mattos e foi o primeiro a votar pela formação da comissão de impeachment dele. Tente se eleger da próxima vez para poder fazer o que quer. Vai ter de batalhar muito se quiser chegar a presidente” disse Vone.

E mais, que em 2003 foi indicado para um cargo na SDR e Gerson foi uma das cinco pessoas que se posicionaram contra. Segundo Gerson, foi por este tipo de conversa (fofocas) que fizeram com que ele deixasse o MDB. Ao citar a compra do veículo, no entendimento de Vone, Gerson deveria ter citado que a mesa está investindo nas melhorias no espaço da Câmara, doou R$ 800 mil para a saúde (200 por mês), e outros R$ 350 mil foi para a Secretaria da Agricultura fazer a Porteira Adentro; deu R$ 112 mil para o Consórcio da Saúde construir sua sede. Deu R$ 50 mil para a castração dos cachorros, vai dar R$ 50 mil para a Apae e mais R$100 mil para pavimentar uma rua.

Para Gerson, isso só mostra que está sobrando dinheiro e, sendo assim, porque não coloca o projeto de Moisés Savian, reduzindo o repasse para a Câmara para 3% ? Ou, porque estaria segurando a emenda em que reduz de 6% para 4% o repasse e que está pronto para votação? “Pela relação exposta, mais de meio milhão de reais foram doados pela Câmara. Este dinheiro é da prefeitura, dos impostos. Não é sobra, são apenas números porque não é o dinheiro que é repassado, mas um orçamento. É fictício. O dinheiro doado para estas entidades não é uma economia da Câmara porque foi mandado recursos a mais para poder sobrar”, justificou Gerson.

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