Falta de emprego: o grande problema!

Recentemente relatei aqui que uma postagem de Adailton Camargo no Facebook lamentando a falta de oportunidades de emprego em Lages suscitou inúmeros comentários de pessoas que hoje estão longe desta terra mas com desejo imenso de voltar, mas não o fazem porque Lages não oferece oportunidade de emprego.

“Recebi uma cliente que teve que ir embora com a família de Lages por falta de oportunidades de emprego. Perguntei para ela como estava na cidade que hoje mora. Disse que o trabalho do esposo é muito bom e que estão felizes. E que só não voltam para Lages por falta de oportunidades”, citou Adailton. Pelos comentários dá para ter uma ideia do quanto o problema reflete na comunidade e sua gravidade.

Antônio Carlos Souza, por exemplo, observou que “o pior é que para usa cidade com o potencial de Lages estar parada no tempo é questão incompreensível. A cidade se dá ao luxo de ser a única do estado que tem uma ferrovia que pode ligar diretamente nossa cidade ao porto de São Francisco, ao polo industrial de Canoas e a grande São Paulo, porém se vê pouco aproveitamento disso, fora ainda que temos um aeroporto operacional com voos regulares e acredito eu, que com um pouco mais de investimento, pode se tornar um aeroporto de médio porte e ainda nos damos ao luxo de ter outro aeroporto que com força política logo também pode estar pronto. E ainda, a cidade está localizada em um ponto estratégico e pode se expandir em várias direções! Sem contar as belezas naturais que existem por nossa região, porém como sempre somos esquecidos pelos governantes”.

Há outros como Luiz Maciel que atribui o fato ao lageanos que precisam ser “mais empreendedores e dependerem menos do poder público”.

 

Carlos Alberto de Oliveira conta que são em cinco filhos: ele e um irmão moram em Curitiba, outro em Palhoça e o quarto em Brusque. Só uma irmã que mora aqui. E assim ocorre com muitas famílias. Mas, há quem diga que a falta de oportunidade é um problema crônico de Lages. O ex-prefeito Juarez Furtado lembra que quando assumiu a prefeitura, em fevereiro de 1973 havia 15 mil desempregados com o fechamento das serrarias. Algo tinha de ser feito imediatamente. Foi então que implantou a área industrial e foi em busca novas empresas.

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“Tive apoio da imprensa e o resultado foram a vinda de noventa e poucas pequenas e médias empresas. Além disso, partimos para a piscicultura, apicultura, fruticultura, etc. Estradas nos sete distritos com máquinas gratuitas para os agricultores, etc, etc. Cruzar os braços e esperar que caia do céu é impossível”, conta o ex-prefeito.

Se fizer um levantamento é possível constatar que em todas as famílias, muitos membros hoje vivem foram de Lages e em todos os casos a justificativa é uma só: falta de oportunidade.

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