Prefeitura gasta R$ 9 milhões para manter a coleta do lixo

Proposta pelo vereador Moisés Savian (PT) aconteceu audiência pública para discutir a gestão dos resíduos sólidos em Lages.

“Vivemos em uma cidade de 160 mil habitantes, sendo que em média cada pessoa produz 800 gramas de resíduos por dia. Se fizermos um cálculo simples nós vamos ver que temos uma tarefa de colher 140 toneladas todos os dias. O interessante é que pouco mais da metade deste material é de lixo orgânico. Para quem trabalha com horta é insumo, um fertilizante. A prefeitura, através de seus contratos tem um custo médio (entre coleta, transporte e destinação) de R$ 269,00 por tonelada (R$ 9 milhões por ano). Metade do que está sendo aterrado poderia estar sendo utilizado”, observou Savian para justificar a necessidade de discussão.

E diz mais: “temos também o material reciclado”. Hoje a Coperlages recicla cerca de 100 toneladas. Se fizéssemos um paralelo dos 30 dias que temos no mês ela dá conta de reciclar apenas um. E, mesmo reciclando 100 toneladas (que é pouco), ela garante renda para 34 famílias. “Não é apenas um desafio do poder público, mas também das famílias em coletar e fazer a reparação deste material e dos catadores em transformar isso em dinheiro. A prefeitura investe nisto R$ 9 milhões por ano e o que investe na cultura é cerca de R$ 3 milhões apenas” comparou.

O secretário de Serviços Públicos, Euclides Mecabô, presente à audiência, observou que Lages ficou de fora quando foi elaborado o plano de gerenciamento de resíduos sólidos dos municípios da Amures e agora a prefeitura está correndo atrás para buscar recursos para sua elaboração, que segundo estimativa feita pelo CAV, deve ficar em torno de R$ 300 mil.

Mecabô já esteve na ADR fazendo o pedido dos recursos e está aguardando um posicionamento. Maurício Batalha lembrou que o Consórcio da Amures foi buscar recursos federais e através de emendas da deputada Carmen Zanotto obteve recursos que estão sendo liberados em etapa e um dos primeiros municípios contemplados é Otacílio Costa. Este plano é fundamental para mudar o sistema de tratamento destes resíduos, pois hoje a sua coleta é irrisória e não adianta nem incitar a população para fazer a separação pois a coleta não é regular.

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