O estranho foi a forma com que tramitou as matérias

 

Com três projetos de lei complementar aprovados pela Câmara de Vereadores, na terça-feira, a prefeitura extinguiu cerca de 200 cargos e criou mais de 300 outros que pretende preencher em processo seletivo e temporário até que se faça concurso público geral, previsto para o final do ano. São cargos que vão desde motoristas, cozinheiras, soldadores, nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros, médicos, facilitadores de oficinas para as Cros e agentes de combate às endemias entre outros. Entre os extintos (na sua totalidade nem estariam preenchidos), estão os técnicos administrativos (15), administradores (10), guia de turismo, operador de som e até de coveiros (9).

Sabemos da dificuldade que a administração está enfrentando diante da exigência do judiciário de demissão dos 100% dos contratados, Certamente estes três projetos foram resultado de um ajuste para que atendendo a determinação legal não inviabilize de vez o atendimento à comunidade. Por exemplo, grande parte do caos da saúde se deve à falta de pessoal. A formula encontrada foi a de usar este processo seletivo para o preenchimento temporária até que seja realizado concurso público para a contratação de funcionários efetivos.

 

Nada de estranho ou questionável na saída encontrada para o problema.

O que se estranhou foi a forma com que esta tramitação e aprovação na Câmara ocorreram, especialmente porque a situação tem maioria no legislativo e uma predisposição da oposição pelo apoio ao paço.  

Só não foram aprovados por unanimidade porque o vereador Jair Júnior se absteve de votar, por se sentiu ofendido: sendo o líder do PSD, só chegou ao seu conhecimento da entrada das matérias na pauta às 17 horas de terça-feira, dia 23, quando os projetos estão datados do dia 18 de maio e protocolados na casa dia 19.

Realmente, pela estranheza do comportamento se chegou a aventar que se tratava de matéria para aumentar o quadro dos comissionados. Pela manhã da terça-feira, foi realizada reunião fechada na Câmara, com representantes da prefeitura para discutir a tramitação das matérias.

Elas não apareceram na pauta do dia e os vereadores tiveram conhecimento apenas quando chegaram para à sessão. Depois tudo aconteceu da forma relâmpago como já conhecemos. Juro que não entendi para que tamanha precaução com relação as matérias e temor pela discussão de seu teor se a situação mais que justifica tal medida.

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