Também a JBS estava interessada na Casan

SÃO PAULO  –  A JBS pagou R$ 10 milhões, no total, ao diretório nacional do PSD, para conseguir benefício na conquista do serviço de água e esgoto de Santa Catarina, em 2014, segundo o delator Ricardo Saud, diretor de relações institucionais da holding J&F Participações, disse em sua delação premiada. O processo foi combinado entre Joesley Batista, dono do grupop, e Raimundo Colombo, governador segundo o delator.

O termo de colaboração nº 23 de Saud, divulgado hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mostra que, em doações oficiais, a empresa pagou R$ 8 milhões entre 14 de julho e 14 de agosto, com duas parcelas de R$ 3 milhões e mais uma de R$ 2 milhões — todas “carimbadas” para Colombo. Além disso, foram repassados R$ 2 milhões em espécie.

A aproximação entre o atual governador de SC e o grupo dos Batista começou em 2013, quando, interessado na área de concessões públicas, Joesley pediu a Saud que usasse de sua interlocução com o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazoni, para marcar um encontro a respeito. Esse trânsito com a autoridade surgiu na época em que a JBS adquiriu a Seara.

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Agora me pergunto, o que será que estava escrito naquele protocolo de intenções assinado no famoso jantar de 2014? Olha o jeito de debochado de Joesley Batista (estava com o gravador no bolso?). Todos nós fomos figurantes naquele cenário criado pelo governador para sacramentar compromisso com a JBS.

 

Conforme Saud, Colombo e Gavazoni jantaram na casa de Joesley, em São Paulo, onde o presidente da holding J&F Participações manifestou interesse na Casan, a empresa de água e esgoto do Estado. Segundo o relato, tanto Joesley como Gavazoni concordaram, com “expressão facial e corporal” de cumplicidade.

Matéria veiculada no site do Jornal Valor Econômico

 

A venda da Casan também era o alvo da Odebrecht. se for verdade, significa dizer que Colombo vendeu a Casan por duas vezes e não entregou para nenhum comprador.

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