Sem documento não dá nem para morrer

Soube que no final de semana faleceu um senhor de 58 anos, morador da Chapada e, a família estava com dificuldades para enterrá-lo porque não tinha documento algum. Ficou guardando o corpo em casa até na segunda-feira, quando conseguiu, com a interferência da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente que responde pela administração dos cemitérios, o Atestado de Óbito que permitiu a realização do sepultamento.

Como vemos, sem documento você não pode fazer nada, nem mesmo morrer.

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Mas, também o que chama atenção é que alguém não tenha documentos hoje em dia, uma vez que nada consegue se não tiver pelo menos a chamada Carteira de Identidade ou o Certidão de Nascimento

E, mais ainda, pelo fato de que fazer este documento é muito fácil. Anualmente também são realizadas as Forças-tarefas em que estes serviços são colocados à disposição da comunidade e feitas inúmeras carteiras de identidade. Pelo número de documentos fornecidos em todas as edições, daria para dotar cada cidadão de Lages com pelo menos duas identidades cada, senão mais.

E, mesmo assim, ainda tem pessoas sem documentação. Alguns devem perde-lo, deixado em algum lugar…

 

É algo que não conseguimos entender, como uma pessoa de 58 anos vive sem documento algum, pois qualquer coisa que façamos hoje, qualquer serviço que necessitamos, nos solicitam este documento. 

 

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Este senhor que faleceu na Chapada  já havia sido atendido no posto de saúde. Certamente ali lhe foi solicitado o documento. Os agentes de saúde também visitam e conhecem as famílias que moram na área de abrangência da unidade de saúde. 

 

Está aí a constatação de que um órgão público não se comunica com o outro, pois está família é atendida pela Unidade de Saúde, as assistentes sociais também devem chegar até ela e conhecer a sua situação, portanto, de uma forma ou de outra deveriam fazer o encaminhamento para o setor do Balcão Cidadão para providenciar a documentação. A falta de comunicação entre os setores que cuidam das políticas sociais acaba gerando situações como esta que termina voltando para o serviço público resolver. 

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