Vereadores querem transporte de graça e isenção de IPTU

 

A contar pelas duas primeiras sessões da Câmara de Vereadores na semana passada, que entraram noite adentro com um número exorbitantes de proposições e requerimentos, a presidente Aidamar Hoffer terá de fazer o que já ocorreu na legislatura passada, limitando o número de matéria apresentadas por vereador e também o número de solicitação de audiências. Sabemos que, especialmente os novos, chegam ao legislativo com uma grande ânsia por fazer e deve ser aproveitada esta disposição.

Mas, quando há um volume muito grande, até as matérias mais importantes acabam por perder-se no emaranhado. Contudo há quem diga que é melhor pecar pelo excesso do que pela falta. O que os vereadores estão sendo pródigos é na distribuição de benesses “com o chapéu alheio,” como isenção de tarifas e impostos.

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O vereador Jair Júnior já entrou com projeto do passe livre para os estudantes e promete brigar por isso.

 

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O vereador David Moro volta a pedir a redução de 65 para 60 a idade para o passe gratuito no transporte urbano.

 

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Thiago Oliveira também apresentou sugestão para a isenção do IPTU aos proprietários com mais de 60 anos, donos de um único imóvel e que recebam menos de dois salários mínimos. Que, ao que parece, até se choca com a isenção já em vigor.

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O prefeito Ceron sabe que tudo isso representa aumento de despesas para o Executivo. Diz que, “se estas propostas dos vereadores vierem acompanhadas da fonte de compensação, não tem problema”, lembrando que “não há almoço de graça”: se alguém vai usar o transporte público sem pagar, esta conta irá para alguém e, neste caso, a prefeitura.

Não é à toa que a prefeitura ainda tenha uma conta de R$ 7 milhões pendurada com a Transul. “É isso que a sociedade as vezes não entende”, disse Ceron.

Mesmo assim, defende que não pode tolher do vereador esta ansiedade por fazer pela comunidade, ainda mais no início de legislatura.

Se a prefeitura fosse acatar todas as sugestões e pedidos feitos somente nestes dois dias de sessões deliberativas da Câmara teria trabalho para vários meses com dedicação exclusiva.

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