Reforma deverá levar cerca de 15 dias para aprovação

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Foto: Everton Gregório

Ao ler a mensagem da abertura do ano legislativo, o prefeito Antônio Ceron fez a entrega do projeto de reforma administrativaà C âmara de Vereadores. Agora deverá tramitar nas comissões. Estas comissões começaram, a ser instaladas hoje.

Somente depois de tramitar nas comissões é que a reforma irá à votação. Os vereadores deverão discutir e apresentar emendas. Somente depois é que seguirá para votação. Deverá demorar cerca de 15 dias para aprovação.

 

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Depois de destacar a importância do poder legislativo que representa a pluralidade de pensamento e o que tem a maior representatividade entre os poderes, “pois tem aqui todas as linhas de pensamento da sociedade lageana”. Destacou que tanto ele, como ex-deputado e, Juliano Polese como vereador, sabem bem da importância do legislativo atuar como poder independente.

Disse que a intenção do projeto de reforma que levou para a Câmara, é transformar a prefeitura em uma instituição ágil e eficiente a serviço da população.

 

Observou que, se a prefeitura fosse uma empresa, “estaria em situação de insolvência”.

 

Citou que a dívida vencida da prefeitura é de R$ 37 milhões, a vencer a curto prazo (até dezembro) de R$ 21 milhões e, somados às de longo prazo, totaliza R$ 117 milhões.

 

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Foto: Greik Pacheco

“Evidentemente não fomos eleitos apenas para pagar dívidas. Existem o custeio normal, existem as reivindicações. Fomos eleitos também para pagar as dívidas e recuperar a imagem da nossa prefeitura. Além do que, o pagamento de dívidas não deixa de ser um grande programa social, uma vez que grande parte das dívidas herdadas são para com as empresas lageanas. O não recebimento das dívidas em prazos corretos, certamente faz falta ao caixa das empresas, que devem ter dificuldade para honrar seus compromissos, com outros fornecedores e com seus funcionários. A verdade é que nenhum fornecedor da prefeitura está com o pagamento em dia.”

 

“Vejamos algumas situações: estoque zero de medicamentos; energia cortada por falta de pagamento; não pagamento do vale alimentação dos servidores; não pagamento do Vale transporte; dívidas com postos de combustíveis; atraso no pagamento de imóveis locados; financiamentos bancários atrasados; dívidas com fornecedores de merenda escolar; laboratórios; oficinas mecânicas, etc… E mais: obras paralisadas; recursos federais devolvidos por incapacidade gerencial (a melhoria do posto do Frei Rogerio é o exemplo); dívida com o Consórcio da Saúde; dívida das mensalidades da Amures; Máquinas e equipamentos sem condições de uso por falta de manutenção; dívidas com fornecedores de insumos básicos (pedra brita) e outros”.

 

Aproximadamente seis mil servidores

 

Ceron disse que além das dívidas, "encontramos um quadro de servidores com aproximadamente seis mil servidores, com mais de 420 comissionados, o comprometimento da folha de pagamentos no limite providencial, aliás, aqui é importante ressaltar que foi utilizado uma manobra contábil, com a utilização indevida dos recursos da Semasa no caixa geral, para que o limite da folha não fosse ultrapassado. Na reforma que estamos apresentando a Semasa funcionará realmente como autarquia. Somado tudo isso, as previsões para arrecadação para 2017 não são otimistas. A mostra que o mês de janeiro nos trouxe aumentou nossa preocupação. Em relação ao ano passado, a arrecadação de janeiro caiu. Além das dívidas, são diversas as deficiências na prestação de serviços”.

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