Nova denúncia de assedio sexual do bispo D. Irineu

 

  Uma segunda pessoa informou ao repórter Daniel Goulart, da Rádio Clube, que também foi assediada sexualmente pelo bispo Dom Irineu Andreazza.

Hoje (05) o repórter levou ao ar uma entrevista, por escrito, feita com essa pessoa que, também não quis se identificar, por medo de represálias

Reproduzo aqui o questionamento:

 

A matéria sobre o bispo te motivou a falar?

Sim, porque uma voz sozinha  não tem força. Seria em vão falar algo contra o bispo que tem, inclusive, muitos padres defendendo, apesar de saberem do seu comportamento. A matéria me motivou porque mostra que as pessoas não concordam com este comportamento do bispo.

 

Qual era seu maior sonho?

Colaborar com a igreja e com os movimentos que existem na Diocese de Lages.

Qual foi a sua grande decepção?

Ver que o bispo assediou as pessoas, acredito que até mesmo seus padres, e usou da sua autoridade para encobrir.

Com isso aconteceu?

Ele me abordou sozinho. Fez alguns carinhos, dizendo que sou bonito, e que gostaria de ter relações sexuais. No outro dia ele pediu, em tom de ameaça, que eu não contasse nada para ninguém.

De que forma ele te abordou?

Ele começou com muita amizade, sempre abraçando e fazendo carinho. No dia, ele me chamou para conversar e na conversa, tentou me convencer a ter relações com ele. Recusei todas as investidas do bispo.

Por que não denunciou antes?

Por medo de sofrer perseguição, quando aconteceu ele falou que se eu falasse qualquer coisa, teria uma equipe jurídica, incluindo promotor, que o defenderia. Mas hoje, se for necessário prestar qualquer esclarecimento, dentro de um processo canônico, eu posso fazer. Sendo para alguma autoridade da igreja, desde que o sigilo seja mantido, como foi o caso da visita do investigador nomeado pelo Papa Francisco.

 

Por falar em bispo, até quando a diocese de Lages permanecerá em "sede vacante"? Ou seja: sem bispo.

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