Sessão em homenagem aos 250 anos de Lages foi memorável

Sessão conjunta realizada pelo Instituto Histórico e Geográfico Catarinense e Instituto Histórico e Geográfico de Lages, na quinta-feira, no espaço do hoje Centro Cultural Vidal Ramos, será talvez o ato mais importante no programação das comemorações dos 250 anos de Lages.

Rico em conteúdo e informação.

 

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Na mesa vemos o jornalista Moacir Pereira, o procurador de justiça e escritor Gilberto Callado da Silveira, o procurador Nazareno Wlff, o presidente do IHGC, Augusto César Zeferino, o historiador Cláudio da Silveira, presidente do IHGL, o prefeito Toni Duarte, o secretário Regional, João Alberto Duarte, secretária da Academia Catariense de Letras e nosso ilustre jornalista  e escritor, Paulo Ramos Derengoski

 

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O jornalista Moacir Preira, como o jornalista Névio Santana e o arquiteto Rogério Macedo.

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A sessão foi presidida por Cláudio da Silveira que apresentou documento, que seria a certidão de nascimento de Lages.

Nele Mogado de Mateus determina  a Antônio Correia Pinto o povoamento de Lages, ou melhor da povoa de Nossa senhora dos Prazeres das Lagens

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Que até estaria bem conservado a considerar seus 250 anos.

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Outro documento exibido pela primeira vez, onde contém as orientações para a fundação e designando Correia Pinto para a tarefa.

Cláudio convidou várias pessoas, membros do Instituto Histórico e Geográfico de Lages para falar sobre Lages.

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Uma delas foi o Pecuarista da fazenda Ferradura, do Cajurú,  Benjamin Kuse de Faria, o Tio Beja.

Destacou sobre a atividade da pecuária no desenvolvimento de Lages, na economia e costumes de seu povo. 

Lembrando que hoje há pecuaristas que ainda preservaram aquele primeiro gado, o franqueiro. Mas independente disso a pecuária se modernou e "temos hoje aqui o melhor gado do mundo", diz Tio Beja.

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A professora e apresentadora, Cida Hack falou sobre as comemorações dos 200 anos de Lages. Além de várias solenidades em praça pública também ocorreu um grande jantar no Serrano Tênis Clube.  

Fez um relato detalhado da juventude da época: como os jovens pensavam, agiam, como se divertiam… 

 

O empresário Cândido Maria Bampi, com vasto conhecimento sobre o setor madeireiro, contou como seu pai, veio para Lages, inicialmente como fotógrafo, depois proprietário de serraria.

Disse ele que Lages viveu vários ciclos econômicos.

No grande ciclo da madeira, observou que o "governo de SC dependia da chegada da remessa dos impostos de Lages para pagar a folha dos servidores"

Ou melhor: "O pagamento do funcionalismo só saída após a chegada do dinheiro arrecadado em Lages".

Portanto, Lages não foi importante apenas no campo político, fornecendo oito governadores, mas também na economia do estado.

Narrou também algo que desconhecia: seu pai, João Maria Bampi, foi suplente de deputado pelo PRP, e participou do movimento que deu origem ao Código Florestal de 1961.

Lembrou também da participação de Lages na construção de Brasília, pois grande parte da madeira usada na construção foi adquirida aqui.

Disse ele que só nesta fase do pinus, que aos poucos foi ocupando espaço na região…

teve quatro fases:

1ª – De plantação do pinus que começou lá no final dos anos 50, quando da implantação das fábricas de papel

2ª – quando as madeireiras investiram no plantio do pinus

3ª –  quando proprietários de terra em parceria com a indústria plantaram suas florestas

4ª – quando produtores independentes investem no plantio de florestas.

 

Outra coisa interessante que disse:

"sempre foi dito que somos uma região deprimida. Mas isso ocorre pela sua gênese".

E, explica: As atividades desenvolvidas só empregavam a mão de obra masculina. Portanto, o problema sempre foi de renda familiar. Observando que as regiões onde se empregava também a mão de obra feminina teve um desenvolvimento econômico diferente.

Por fim, Cândido Bampi observou que Lages precisa criar seu Museu da Madeira, para fazer jus a sua história.

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