Duas negativas dão a ideia de como andam as especulações nos bastidores do Centro Administrativo para a mudança do secretariado, que deve ser pontual, de acordo com o governador Raimundo Colombo. O presidente estadual do PSDB, deputado Marcos Vieira – que concedeu entrevista na edição de final de semana da coluna -, chegou a emitir uma nota oficial, neste domingo, para dizer que somente a direção da sigla está autorizada a discutir sobre espaços para os tucanos dentro da administração estadual, pois sabe que tem graduado de asas grandes à procura de acertar seu lado. Colombo convidaria os tucanos a ocupar cargos de olho em 2018 e na reedição da tríplice aliança.
A outra posição de contrariedade é a do presidente estadual do PR, deputado federal Jorginho Mello, que, sobre a eventual perda da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, declara que não foi procurado pelo governador Raimundo Colombo e que espera que ele o faça para dar caráter oficial aos boatos. Jorginho confirma que o filho, Filipe Mello, atual titular da pasta, está de malas prontas para assumir um posto de destaque na prefeitura de Florianópolis ao lado do prefeito eleito Gean Loureiro (PMDB), e dispara sobre a situação no governo Colombo: “Não precisamos disso!”. De fato, o descontentamento do governador com o desempenho na secretaria não é de hoje e a relação azedou de vez.
Que situação
O desconforto é mútuo quando se trata de governo e PR quanto a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte. Para os mais próximos a Colombo, a pasta virou um repassador de recursos para festas, que atendem, preferencialmente, o próprio partido. E, para Jorginho e sua equipe, não adianta ter uma secretaria atrelada a conselhos que decidem tudo e que não tem dinheiro para nada.