A questão da segurança em Lages está tão séria que um dos candidatos a prefeito anda prometendo que, se eleito, vai interferir nesta área e reativar os Conselhos de Segurança da Polícia Comunitária.
Mas, de nada adianta reativar os Consegs se não há contingente policial necessário para reativar a Polícia Comunitária propriamente dita. Sem policial disponível não há como fazer a segurança nos bairros.
Hoje, independentemente do tipo de ocorrência, quando se chama a polícia, pode esperar sentado, pois ela não virá. E, não é por má vontade dos policiais ou falta de gestão, como alguns políticos gostam de justificaticar.
Porque não há mesmo o que fazer quando falta pessoal e, inclusive veículo, para o deslocamento. E a situação é tal que só vemos algum resultado com relação às ocorrências, quando a solução vem por outra via.
Semana passada, dois casos, ratificam o que estou dizendo. O primeiro deles foi quando os moradores de uma residência na Avenida Carahá flagraram o ladrão e conseguiram imobilizá-lo. A polícia esteve lá depois para levar o marginal. Na madrugada de sexta-feira, ladrões arrombaram a Madeireira Fontana e, só não conseguiram levar o cofre, porque a empresa de segurança estranhou o desligamento das câmeras de videomonitoramento e enviou homens para o local. Trocaram tiros com os marginais que acabaram fugindo sem levar nada. O que já é uma vitória. A polícia veio depois e até tentou sair a procura mas, naquelas tantas, já estavam longe.
A grande verdade é que estamos à mercê da marginalidade, dos desocupados que não respeitam ninguém e poluem à noite com baderna nas ruas.
O cidadão de bem não tem onde recorrer em busca de providências.
Tem razão o tal candidato que traz à baila o assunto embora a promessa seja vã. Sabemos que a segurança é questão de estado. As instituições que têm tal atribuição estão atreladas ao governo do estado que não está respondendo ao clamor das comunidades que gritam por mais segurança.
Embora não seja um assunto afeto à administração municipal, os candidatos a prefeito precisam discutir o assunto, pois temos de buscar um caminho. A comunidade não pode tomar para si a responsabilidade por garantir sua própria segurança.