SC é o quarto estado do Brasil com menos policiais

 

Segundo levantamento do IBGE, em SC há um policial para cada 574 habitantes. É o quarto estado do Brasil com menos policiais militares por número de habitante.

Metade do que a ONU considera ideal. No total, são pouco mais de 11.500 PMs em todo o estado, o mesmo efetivo de 1983.

 

De outro lado, embora SC figure na mídia como um estado em que a crise passa ao largo, pelo visto, o dinheiro está curto e o governo dribla as despesas, já que cancelou pela terceira vez a chamada dos 658 concursados para o curso de formação de soldados. Ficou para 1º de março do ano que vem.

 

Mesmo que durante seu primeiro mandato o governador Colombo tenha feito concurso e a contratação (de pelo menos mais 500 novos PMs) para reforçar o contingente da Polícia Militar, serviu apenas para repor parte das perdas resultantes das baixas dos policiais que foram para a reserva.

 

Há cerca de 10 anos, o 6º BPM, de Lages, contava com um contingente superior a 400 homens, hoje chega a metade disso.  Portanto, não é por negligência ou falta de vontade que a população chama e a PM demora para atender ou nem comparece ao local.

 

Com um contingente abaixo do mínimo necessário, não há outra forma de atuar senão priorizando ações.

 

Mudança na escala de trabalho 

 

Para amenizar o problema da falta de policiais, nas cidades com menos de oito PMs na guarnição (o caso de 102 cidade do estado) – o que abrange todos os pequenos municípios serranos-, foi alterado a escala de 12 horas de trabalho por 48 horas de descanso, para 24 horas por 48 horas. Com isso, o expediente poderá ultrapassar até 80 horas ao invés das atuais 16 horas. 

 

 

Os soldados reclamam, porque, além de trabalharem mais, não disporão de tempo para fazer os bicos fora da corporação para complementar os vencimentos. Os PMs reclamam, mas o comando geral diz que tem o apoio da população. Mas, é bom lembrar que a população quer policiais na rua, e apoia toda a ação que aumente sua presença e eficiência, mas não endossa medidas que venham em prejuízo dos profissionais que nela atua. 

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