Para isso, foram até o presidente estadual do PMDB, Valdir Cobalchini, que está vindo hoje a Lages para uma urgente missão: debelar uma crise dentro do partido.
Os dois vereadores da sigla, Gerson dos Santos e David Moro, acompanhados do vice-presidente da executiva local, Edson Subtil, estiveram quarta-feira, em Florianópolis, para conversar com Cobalchini e exigir a cabeça do atual presidente, Benjamin Schultz, para que Subtil assuma definitivamente a direção do partido.
O que eles querem?
O grande objetivo é impedir a aliança para apoiar outro candidato que não seja do PMDB para as eleições do ano que vem. Articulam a candidatura de Subtil ou de Gerson para prefeito.
Prefeito Toni também recebeu um ultimato
Para complementar a virada da mesa, os três também estiveram com o prefeito interino, Toni Duarte, pedindo no mesmo tom de exigência, para que esse demita todos os que ocupam cargo na prefeitura nas vagas do PMDB, para que possam fazer novas indicações.
Sob pena de não votarem favorável ao projeto que deve entrar na pauta da Câmara para votação na semana que vem, para autorizar a venda do terreno da antiga rodoviária.
Em qualquer dicionário essa é a definição para a palavra “chantagem”.
Toni está pressionado pelas dificuldades financeiras
Os dois vereadores e Subtil, estão indo às últimas consequências para atingir o objetivo. Não sei informar o que Toni Duarte teria respondido a essa chantagem. Mas, diante da grande dificuldade financeira da prefeitura, pode até acabar aceitando.
As finanças da administração estão tão caóticas que Toni já marcou uma reunião do colegiado para semana que vem, para avaliar a adoção de drásticas medidas de contensão de despesas. É preciso economizar a todo o custo.
Legislação impõe algumas condições para desafetação de área
Em nome dessas dificuldades, a administração não recuou de seu propósito de vender o dito terreno da antiga rodoviária, para amortização da dívida do LagesPrevi.
Mas, nessa questão estaremos atentos, pois ainda na semana passada, o deputado estadual, Fernando Coruja lembrava que quando trabalhou na elaboração da Lei Orgânica do Município incluiu lá um item em que determina que : para a desafetação de uma área pública é preciso passar pela aprovação em audiência pública. Vamos ver se a prefeitura vai passar por cima da lei que rege o município.