O PMDB parece estar esfacelado

 

 

O vereador Adilson Appolinário foi eleito presidente da Câmara em uma eleição tumultuada que desencadeou uma reação em cadeia com consequência desastrosa para o que resta da bancada do PMDB no legislativo.

 

Os que sobraram em pé estão escondendo a bandeira no armário

 

Ou talvez, tenha sido parte do efeito dominó cuja largada iniciou lá na Operação Águas Limpas e que, vai acabar só no ano que vem, quando tivermos por concluído o trabalho da Comissão Parlamentar Processante. 

 

O partido parece ter implodido.

 

Processo iniciou lá na primeira denúncia da Semasa

 

 

A começar com a suspeita da confissão deixada no processo do Gaeco onde coloca textualmente que a denúncia que motivou as investigações partiu de um ex-secretário da Semasa quando já não estava mais no cargo. Ora, como a Viaplan só foi contratada nessa administração, fica fácil apontar o autor embora o Gaeco não tenha citado o nome. Confiou no sigilo da denúncia. Foi esse ato, que teria vindo de membro do próprio partido que deu inicio ao efeito dominó que culminou com a Operação Águas Limpas, a prisão do prefeito Elizeu, e criou toda a situação da Câmara. O PMDB perdeu o rumo e o prumo.

 

Gerson não conseguiu articular votação e culpou o partido

 

Sob o argumento de fortalecer a posição do partido no legislativo, o vereador Gerson dos Santos tentou negociar a presidência nesse ano, quando pelo acordo – embora já corroído com o rompimento feito por Anilton Freitas – o PMDB ficará com o cargo em 2016. E como menino manhoso que perdendo o jogo, leva a bola embora acabando com a brincadeira, fez exatamente ao contrário do que pretendia: esfacelou o PMDB votando no candidato de oposição. Zangado por não ter a presidência agora, perdeu a chance de tê-la depois.

 

e…. 

 

Bastaria, apenas mais um pouco, para a cizânia tomar corpo e a oposição levar a presidência da casa. E, o PMDB e, consequentemente a base governista, implodiu mesmo de vez ao se aprovar a Comissão Parlamentar Processante para decidir sobre a cassação de Elizeu Mattos. A vingança de Gerson se fez total, ao encorajar David Moro e Thiago Silva a seguir seu rastro. E depois, integrando a comissão processante.

 

Alguns se esquivaram da votação

 

Para querer safar-se dos estilhaços provocados pela Operação Águas Limpas, terá vereador da base governista que deseja apagar da memória do eleitorado que tenha, algum dia, apoiado o governo do PMDB de Elizeu. Os mais ponderados fazem como João Chagas, nem contra, nem a favor, preferindo não opinar e não votar, ou,  como Elói Bassin, que saindo pela tangente,  deixa a responsabilidade pelo sacrifício final, aos que ficaram no plenário. Aliás, não é a primeira vez que Elói se ausenta quando o assunto depende da escolha de uma trincheira.

 

Appolinário se adiantou na cooptação dos votos

 

O vereador Gerson dos Santos foi para a disputa da Câmara, na segunda-feira, crente de que conseguiria fechar a negociação em torno de seu nome, já que, em reunião da executiva do PMDB havia fechado voto a seu favor. Mas, Appolinário montou sua chapa com representação de cada um dos partidos, não deixando margem para acordo paralelo: colocou Vone (PSC) de vice; Adilson Padeiro (PTB) de 1º vice- presidente; David Moro (PMDB) de 1º secretário, e João Chagas (PSC) de 2º secretário, amarrando assim os votos mais rebeldes, e estava garantida a eleição.

 

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