Morte prematura

 

 

 

A morte precoce do candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos deixou o país consternado ontem. Uma perda lamentável, que obrigatoriamente muda os personagens desse cenário eleitoral, embora tenha remota possibilidade de alterar seu resultado.

Eduardo Campos era um político que estava despontando nacionalmente e com apenas 49 anos teria muito ainda a contribuir para com a política do país. Foi premonitória a frase com que encerrou a entrevista ao Jornal Nacional, na terça-feira: “não desistam do Brasil”, disse ele.

 

 

Referia-se a sua preocupação com o pouco interesse dos eleitores na escolha de novos governantes. Ao marasmo da campanha, embora reconhecesse que estava só iniciando. Mesmo não passando dos 10% das intenções de votos, segundo as pesquisas divulgadas, ele acreditava que poderia ainda crescer e chegar ao segundo turno. 

Em SC, o ex-governador de Pernambuco foi importante quando da decisão do governador Raimundo Colombo na criação do PSD, já que garantia apoio do PSB na formação de uma aliança, garantindo sobretudo tempo necessário para a campanha de Colombo.

 

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Contudo, as circunstâncias acabaram agora, por separar as siglas e, dividir parte do PSD, quando o PSB cooptou os Bornhausen. Colombo acabou optando pelo apoio à Dilma Rousseff. Em SC a eleição bipolarizou-se entre Dilma e Aécio Neves. O candidato a vice-presidente da República, Michel Temer, cancelou sua agenda que cumpriria amanhã em SC, devido ao trágico falecimento.

O partido de Eduardo se debruçava, até antes do acidente, na organização de sua agenda no estado para setembro, quando participaria de um grande encontro em Joinville. Evidentemente que Eduardo não mais participará dessa campanha, mas certamente estará muito presente nela, especialmente nos programas eleitorais onde será evocado como exemplo de liderança e administrador competente.

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