Havia sido marcada para hoje uma assembleia dos professores, na Uniplac, para apreciação e aprovação do acordo elaborado em conjunto com a Justiça do Trabalho.
Pelo acordo, a Uniplac se comprometeria a pagar 75% da dívida das horas atividades não pagar desde 2007, em 60 vezes.
Mas, na semana passada, o interventor decidiu fazer uma reunião para discutir o assunto que iria a assembleia hoje. Convocou todos os professores, cancelou aula para tentar persuadi-los a não aceitarem a proposta. Quer que desistam dos atrasados e a instituição passaria a pagar as horas atividades a partir do ano que vem.
Sabendo a intenção, o sindicato dos professores foi à juíza do trabalho, informar da reunião e imediatamente foi despachado um oficial de justiça até a Uniplac, solicitando que o interventor suspendesse a reunião.
Independência da advertência da juíza, a reunião aconteceu. Agora, segundo o que informa fontes do sindicato, possivelmente a juíza do trabalho determinará a revelia e é possível até que determina o pagamento dos atrasados em sua totalidade e de forma imediata.
Mas se a Uniplac não tiver condições financeiras?
Nesse caso poderá seguir a orientação do perito que elaborou o laudo pericial das contas das instituição que apontou como “solução plausível para esse endividamento, à Prefeitura Municipal de Lages, assumir sua paternidade financeira e não só intervencionista da Fundação, cumprindo com a obrigação assumida com a Instituição, destinando-lhe os recursos assegurados pela Lei Orgânica do Município”.
Hoje à noite ao invés da assembleia, os professores da Uniplac vão fazer manifestação não só com relação ao acordo, mas contra o novo estatuto, que na visão dos professores “impõe uma ditadura” e o regimento interno “que ninguém discutiu, mas que dizem já estar pronto”.