Comentário divulgado em minha coluna do CL a respeito do último debate:
No primeiro debate dos candidatos a prefeito realizado pelo Correio Lageano e o Grupo SCC eles foram bastante cuidadosos, e foi o Cel. Paulo Dellajustina que acabou saindo-se melhor.
No segundo, que aconteceu no auditório da CDL, Elizeu Mattos se mostrou despreparado para enfrentar um Antônio Ceron mais combativo e esse último levou a melhor.
No terceiro debate realizado, no sábado, pelo radio Guri, TV Nova Era e outros veículos, foi Elizeu Mattos que se saiu melhor. Interessante que foi Ceron que provocou. Primeiro por perguntar a ele “o que o governo de Luiz Henrique fez por Lages”. A resposta: “mesmo que não tenha feito mais nada, Luiz Henrique fez uma grande coisa por Lages: elegeu o governador Raimundo Colombo”.
Realmente soa estranha essa pergunta, uma vez que os Democratas (ex-partido de Ceron) faziam parte do governo LHS, e ele foi secretário da Agricultura. Significa admitir que ele, enquanto secretário, também não fez nada por Lages.
O segundo vacilo aconteceu quando Ceron tentava explicar o quanto é importante estar alinhado com o governo do estado, uma vez que o dinheiro do município é pouco para realizar as obras necessárias. “Quando formos ao governo buscar ajuda não será necessário tirar esse ou aquele do carro porque não é alinhado com o governo”, disse Ceron. Resposta de Elizeu: “quando formamos a coligação sabia que estávamos fazendo um governo para as pessoas em primeiro lugar e não para os amigos”. Além de que está também negando que o PMDB é governo.
Por último argumentou o candidato do PSD que tem as portas abertas em Brasília, visto que todos os partidos de base de sustentação de Dilma fazem parte de sua coligação. De outro lado, diz ele estão os principais inimigos do governo do PT: o DEM e o PPS. Estranho argumento contra um candidato do PMDB, cujo partido é o mesmo do vice-presidente e tem o PT a seu lado.
Ao ignorar a presença do PMDB tanto no governo estadual como federal, o candidato admite já de antemão que vice não manda nada e não tem qualquer importância no contesto. Antônio Ceron tenta esquentar a campanha, no confronto com o opositor, só que as circunstâncias não lhe são favoráveis, visto que estavam – e ainda estão em se tratando do partido – juntos até ontem, não pode simplesmente deletar essa condição. Tanto que Elizeu prefere focar na administração do PP e para ela dirige todas as suas críticas.