Antes mesmo da aprovação de sua criação, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Territorial de Lages, o Ipplan, tem até espaço já garantido para sua instalação: junto ao prédio da administração do Parque Órion ainda em construção, mas que deve ser concluído em breve.
O projeto de Lei Complementar que cria o instituto está em fase de elaboração para ser encaminhado à Câmara dentro do prazo estipulado até 20 de outubro.
É um processo complexo que exige a participação de muitos e é preciso uma análise detalhada de cada um dos itens. Acredito na competência dos membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Territorial a quem compete o trabalho.
O secretário do Planejamento, Jorge Raineski é profundo conhecedor do assunto e tem capacidade para tocar esse projeto. Acho de fundamental importância que tenhamos um órgão voltado unicamente a pensar, discutir e propor as mudanças que a cidade precisa.
Lages é uma cidade que cresce desordenadamente e o Plano Diretor existente não consegue dar conta, mesmo porque muitas vezes foi burlado para atender esse ou aquele interesse.
E nisso podemos citar inúmeros exemplos. Mas temos de olhar para frente e preparar a cidade para o futuro. O Instituto vem com essa incumbência. Como o próprio secretário Raineski admite, o levantamento de Georreferenciamento que está em fase de conclusão, poderá dotar o Ipplan de informações e dados para instrumentalizar e agilizar algumas medidas que de outra forma levariam muito tempo a serem concebidas e implementadas.
O que precisa agora é a soma dos esforços acima de cores partidárias ou simpatias políticas. E isso nossas lideranças da comunidade precisam exercitar.
Pois, assim deve ser com tudo aquilo no que se refere a melhorias para a cidade. Com o instituto, teremos uma equipe de profissionais a pensar projetos e propostas de forma permanente e, acredito que, também possibilitará a melhor discussão das alternativas postas. Tem de pensar a forma com que a população se move e circula na cidade, levando em conta as suas diferentes necessidades, sem que se imponha modelos prontos.
O instituto deve ser um canal de ligação, que quebre a prática da determinação unilateral do poder público, e possa ser ouvida e considerada a opinião da comunidade. Se já existisse, acredito que o instituto teria papel fundamental nas discussões sobre o caso Aristiliano Ramos e mesmo na decisão sobre o destino do terreno da antiga rodoviária.