No início do mês a justiça determinou a suspensão do processo seletivo que a prefeitura de Capão Alto estava procedendo, determinou a dispensa dos funcionários que já tinham sido contratados por este processo e ainda estabeleceu uma multa diária de R$ 500 mil caso houvesse o descumprimento. Tudo isso porque, ao invés de fazer um concurso público para preencher os cargos vagos conforme tinha sido acordado através de um Termo de Ajuste de Conduta firmado com o Ministério Público a prefeitura decidiu simplificar e fazer as contratações através do processo seletivo. Entendendo que seria tudo a mesma coisa. A juíza da comarca de Campo Belo do Sul mostrou que não é.
Além disso, também circula um áudio, gravado durante uma reunião do prefeito Tito Freitas com os professores, confirmando que o preenchimento de cargos na prefeitura de Capão Alto "passa por consulta aos aliados das eleições.” A contratação na prefeitura “é uma decisão política”, confirma Tito nesta mesma reunião. Talvez seja por isso que ele relute em fazer o concurso público. Este aúdio foi exibido no programa de Daniel Goulart, da Rádio Clube, nesta segunda-feira.
Ele encerrou esta reunião com os professores dizendo: "manda quem pode e obedece quem tem juízo".
Estava disposto até mesmo a eliminar os diretores das escolas, deixando a administração das unidades a cargo da própria secretaria da Educação. Mas, voltou atrás porque sentiu que teria problemas.
Na cidade se comenta o caos no setor da educação. Há turmas que já trocaram de professor seis vezes desde o início do ano. Falta professores a ponto de se destacar os que atuam nas séries iniciais para ministrar aulas de educação física ou colocaram estagiários. Dizem também que o advogado que está no cargo de procurador do município manda mais do que o prefeito.
Unidade de saúde inaugurada no ano passado ainda está fechada
E, pasmem: a unidade básica de Saúde inaugurada no final da administração passada, continua fechada. Há cerca de alguns meses a administração alegava que estava ainda aguardando os móveis. Pelo que soube, os móveis chegaram, mas a prefeitura decidiu não pagá-los e a empresa então retirou-os. A unidade continua lá jogada às traças.