A contar pelos números de políticos que estão hoje descontentes com seus pares e mesmo deixando as siglas, haverá muitas mudanças quando abrir a janela partidária o ano que vem. Há tanto descontentamento que se afloraram pós eleições do ano passado que alguns políticos até se anteciparam saindo das siglas.
O descontentamento vai desde a falta de expetativa ou falta de espaço de candidaturas, a divergências com seus pares. Há deputados que até arriscaram perder os mandatos e deixaram suas siglas, como foi o caso dos deputados estaduais Bruno André de Souza, Nazareno Martins e Laércio Schuster, eleito pelo PSB.
O TRE já deu sua sentença na semana passada, com relação ao deputado Bruno, assegurando que não vai perder o mandato. Isso também pode abrir um precedente para outros seguirem o mesmo caminho. O
ex-deputado estadual e ex-presidente estadual do PSD, Gelson Merísio oficializou sua saída do PSD ainda no ano passado. O mesmo acontece com o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, do MDB.
A legislação prevê a abertura da janela partidária entre 7 de março até 7 de abril do ano que vem. A se confirmar todas as dissidências anunciadas haverá muitas trocas mesmo aqui em Lages. Alguns podem até nem deixar os atuais partidos. Apenas ameaçam para obter apoio e abrir espaços, mas não há dúvidas de que haverá acomodações.
Dificilmente os vereadores Lucas Neves (Progressistas) e Jair Júnior (PSD) devem permanecer nos atuais partidos. Lucas já optou pelo PSL e Jair está oscilando entre o Podemos, o PDT ou outros que já manifestaram desejo de tê-lo em suas fileiras.
Mas acredito que haverá outros casos ainda, como do vereador Luiz Marin (PP) que não está se sentindo confortável no partido depois de ver seus projetos frustrados por mais de uma vez. Há quem aposte que poderá voltar ao velho partido do qual saiu para atender ao chamamento do ex-prefeito Renatinho. Sua alma pelega fará mais alto.
Fotos: Nilton Wolff
Outro que pode mudar de partido é Thiago Oliveira que também está de olho na majoritária. Na realidade as alianças que poderão ser alinhavadas a partir do início do ano que vem poderão determinar outras mudanças e novas filiações com vistas às candidaturas.
Pelo que acompanhamos até aqui, haverá muitas alterações no legislativo. Tirando aqueles que tentarão à candidatura majoritária, com o fim das coligações proporcionais alguns não se arriscarão à reeleição.
Não acredito em muitas renovações, nossa cidade é muito conservadora, atrasada, o povo não possui um comprometimento político adequado e votamos sempre na maior parte das vezes em aventureiros.