Prefeito perdeu sua conexão com o governo estadual

O afastamento do prefeito Antônio Ceron por 30 dias para gozar merecidas férias, neste momento em que se inaugura um novo governo estadual e federal, creio que serve como uma pausa para se refletir sobre a administração e também aguardar para tomar conhecimento dos rumos que o estado tomará com seu novo governante.

 

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É um momento muito diferente, não apenas com relação ao perfil administrativos, mas também nas relações entre os governos municipal e estadual.

Antônio Ceron, por estes últimos 16 anos, circulava com desenvoltura nos corredores do centro administrativo e tinha portas abertas nos gabinetes, em especial, do governador. 

Nos primeiros oito anos, como deputado do partido aliado, do governo Luiz Henrique da Silveira, foi o secretário estadual da Agricultura.

 

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Depois, ocupou a chefia da Casa Civil, na antessala do gabinete do governador. Dalí só saiu para concorrer à prefeitura de Lages, ainda no primeiro mandato de Raimundo Colombo. 

 

Perdeu a eleição e não retornou ao governo estadual propriamente dito, mas foi nomeado como conselheiro do Badesc e depois da Celesc, com portas abertas para circular no governo. Agora, não tem nenhuma relação com os novos ocupantes do centro administrativo e terá de seguir todos os protocolos exigidos para chegar ao governador Carlos Moisés e até usar da influência dos representantes do PSL da região para tais agendamentos.

A isso também se soma a desativação da Agência Regional de Desenvolvimento, que por mais inoperante que estivesse ainda servia como uma ténue ligação entre a Serra e o governo estadual. Neste aspecto, entre também a importância de uma representação política no legislativo estadual e no governo. No governo, até agora não tem nenhum, Serrano na equipe.

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O PSD de Ceron também não tem mais deputado estadual pela região. Marcius Machado (PR), ironicamente seu principal adversário na disputa à prefeitura é hoje o representante de Lages na Assembleia e a mais próxima ligação com o governo, pois o PR se comprometeu apoiar o governo Moisés. Terá de ser ele o interlocutor serrano.

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