A trajetória dos 10 meses de governo de Pinho Moreira

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Nestes 10 meses em que Eduardo Pinho Moreira (MDB) assumiu o governo com a renúncia de Raimundo Colombo para concorrer ao Senado, assinou 350 decretos, sancionou aproximadamente 150 leis, enviou mais de 20 projetos de lei para a Assembleia Legislativa, editou sete medidas provisórias e respondeu em torno de 780 requerimentos, indicações, moções e pedidos de informações de parlamentares, somando mais de 1.300 processos legislativos de diferentes áreas.

Mas, entre seus maiores feitos estaria a desativação de 15 das 35 Agências de Desenvolvimento Regional e mais quatro secretarias executivas ligadas à Casa Civil, além de extinguir os cargos e funções públicas, com projeção de uma economia de mais de R$ 20 milhões até o fim do ano.

É interessante que foi justamente um emedebista a fazer o primeiro corte das agências regionais, criadas pelo líder maior ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Em respeito à memória de LHS, Colombo não desativou estas estruturas, mas lhe tirou sua função. Talvez esse tenha sido um dos erros de Colombo.

O outro foi ter deixado uma dívida que complicará a atuação do novo governo que assume a partir da semana que vem. Eduardo Pinho Moreira assumiu querendo deixar sua marca, neste curto período de governo.

Chegou a ensaiar uma candidatura ao governo, mas o MDB estava focado no cumprimento da promessa de LHS de que seria a vez de Mauro Mariani concorrer à sucessão estadual. Mesmo sabendo que Pinho teria melhores chances na disputa.

Certamente, mesmo sendo ele o candidato, não sobreviveria ao tsunami Bolsonaro que varreu o país. Fica porém a boa imagem de Pinho neste findar destes 16 anos de parceria com o PSD que lhes deram quatro mandatos. Este período administrado por Pinho foi de austeridade, se não pela falta de capacidade financeira para tocar as obras com mais celeridade, pela determinação de reduzir as dívidas que poderiam paralisar de vez a máquina pública. Cumpriu sua missão e, também, creio eu, a sua participação na política estadual pelo menos quanto às disputais eleitorais.

O cenário político hoje nos indica um novo momento, em que o espaço é de quem pratica a nova política. Os novos governantes terão agora de mostrar que não apenas pregam um novo jeito de fazer política, mas de fato o praticam.

                                                                                                          

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