Vereadora Aidamar Hoffer (PSD) usou do microfone para falar que foi a primeira a solicitar que a prefeitura de Lages usasse o sistema 3D para as faixas de pedestres, como foi feito em Urupema. Refez a indicação, reiterando o pedidso para que o setor de trânsito de Lages adote o sistema. Lembrou que o pedido feito anteriormente não obteve sequer uma resposta da prefeitura. Contudo o sistema das faixas de pedestres 3D não é uma novidade, nem em Urupema, outras cidades como Salete e Rio do Oeste foram as primeiras a implantá-las em SC. A vereadora até incitou os demais vereadores para irem cobrar dos secretários responsáveis a adoção do sistema.
Contudo, o Departamento Nacional de Trânsito já enviou a todos os órgãos de trânsito do país um ofício proibindo a doação deste tipo de faixa. O que alega? Que as faixas em 3D criam uma ilusão de ótica perigosa para crianças e idosos que os expõem a acidentes. Se algum acidente for provocado em função de tais faixas, tanto a prefeitura quanto o artista que a pintou podem ser responsabilizados. Segundo o especialista e consultor de trânsito, Adailton Camargo, “Normas Federais precisam ser respeitadas. Em caso de acidente o município responde, pois somente o que está descrito em lei é que pode ser implementado em vias brasileiras”.
Ele aproveita para ressaltar que falta consultoria de trânsito para quem pretende implementar essas “coisas” na cidade. Os vereadores solicitaram a adoção das faixas, mas não consultaram, os especialistas para saber de sua legalidade. Assim também foi com relação à implantação do binário que está hoje no centro da polêmica e que foi baseado em um estudo de 2010. Houve forte reação dos comerciantes da área em questão, especialmente da rua Frei Gabriel, mas a prefeitura não deu sinal de que voltará atrás da decisão.