A vocação para a prática de crimes diversos levou dois moradores da Serra catarinense à condenação. Agora, eles terão que passar alguns anos cumprindo penas em regime fechado por infringirem as leis. Ambos foram sentenciados em ações ajuizadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Correia Pinto.
Segundo consta nos autos, os dois se associaram para comercializar drogas na região, até que, no dia 21 de maio de 2024, um deles ignorou a ordem da Polícia Militar para parar o carro e disparou em alta velocidade, colocando várias pessoas em risco, inclusive alunos de uma escola. Antes de ser parado e conduzido à Delegacia, ele jogou pela janela uma sacola plástica com 18 gramas de cocaína.
Inicialmente, pensou-se que a droga era para consumo pessoal, mas as investigações mostraram que, na verdade, ele comercializava entorpecentes pelo sistema de delivery e repartia os lucros. Agora, o réu foi condenado a oito anos, seis meses e 15 dias por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, desobediência a ordem legal de funcionário público e direção em velocidade incompatível com a segurança em local de grande movimentação.
A Polícia também chegou ao homem com quem os lucros eram repartidos e descobriu que, além do envolvimento com o comércio ilegal de entorpecentes, ele mantinha sete pássaros presos em gaiolas sem autorização. Esse réu foi sentenciado a 14 anos, oito meses e 20 dias por tráfico de drogas e associação para o tráfico, e por manter espécies da fauna silvestre em cativeiro sem permissão. Os pássaros foram soltos em seu habitat.
O Promotor de Justiça da Comarca de Correia Pinto, Marcus Vinicius dos Santos, diz que as condenações reforçam o compromisso do MPSC no combate ao crime. “Essa é uma resposta firme e necessária contra a impunidade. Os responsáveis por colocar a sociedade em risco precisam ser devidamente responsabilizados”, diz ele.