Vinhos em alta, cervejarias artesanais em ascensão e agroindústrias de destilados também em plena expansão. Esta é a nova realidade da Serra Catarinense. Especializada na fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, a cachaçaria artesanal “A Mais Indicada”, está ampliando a unidade de processamento e se consolidando no mercado com vendas aos três estados do sul.
É o que afirma o sócio administrador da agroindústria, Roberson Pelozato, morador da comunidade Nossa Senhora do Caravaggio, em Celso Ramos. Há mais de 20 anos, produzindo cachaças e licores artesanais, a agroindústria “A Mais Indicada” mantém um rigoroso controle de qualidade que começa no cultivo da cana-de-açúcar, controle de pragas no canavial até o processamento da matéria-prima e o envaze da bebida.
“Nossa marca é resultado do trabalho em parceria com o Sebrae. Constatamos que muitos clientes indicavam nossos destilados e aí surgiu o nome, “A Mais Indicada”. Saltamos de dois mil litros por ano, para mais de 30 mil litros de produção”, revela Roberson Pelozato.
Do modo arcaico e rudimentar, “A Mais Indicada” aprimorou o sistema de cultivo da cana-de-açúcar. Melhorou a estrutura de armazenamento, engenho e pré-aquecimento, assim como a fermentação, onde o líquido repousa por 24 horas. Na destilação é separada a calda, coração e cabeça da bebida e depois é guardada em barris de inox ou polipropileno.
“No processo da água ardente 70% é fermentação. Mas se a cana-de-açúcar não for boa pouco adianta. E nós, trabalhamos com 99% de cana produção própria. Isso faz a diferença para obter um produto bem equilibrado e com sabor desejado”, explica Roberson Pelozato. Além da cachaça envelhecida, cachaça branca, cachaça de carvalho e cachaça de amburana e jambu, mais de 20 tipos de licores são envazados na agroindústria.