Milhares de pessoas afluíram aos três campos santos mantidos pela Municipalidade – Cruz das Almas, Penha e da Paz (Guarujá), neste sábado 02 de Novembro – Dia de Finados
Mesmo com uma chuva fraca nas primeiras horas da manhã, como tradicionalmente acontece, a movimentação de pessoas iniciou logo cedo com as pessoas não se importando com a garoa e o tempo fechado, ainda mais que os cemitérios funcionarão em horário especial – das 7h às 19h. Em todos eles haverá celebração de Missas durante todo o dia, com exceção do Cruz das Almas, onde o Bispo Dom Guilherme informou do cancelamento, por conta da chuva, mantendo apenas a das 16h, celebrada pela Paróquia do Navio.
E, paralelamente às missas, as pessoas procuram a Cruz Mestra do Cruz das Almas, onde é intenso o acendimento de velas, como forma de reverenciar os mortos, alimentando a saudade daqueles que partiram dessa vida, deixando somente as recordações.
Romaria
Igualmente como acontece à procura pela Cruz Mestra no cemitério Cruz das Almas, a romaria se estende a outros jazigos e túmulos como onde foram sepultados os amigos caixeiros viajantes Ernesto Canozzi e Olintho Pinto Centeno, mortos em 1902 em emboscada na antiga BR-2, além de outros três bastante procurados – o do Frei Silvério, da cigana Sebinca Christo e da pequena Aline Giovana Schmitt.
Irmãos Canozzi
A confusão em tratar Olintho e Ernesto como irmãos, tem relação com o fato dos acusados da morte, os Brocatto, serem irmãos, além do fato curioso deu-se por conta de Thomaz ter sido enterrado, no Cemitério, ao lado de Ernesto. As pessoas iam acender velas para o Thomaz porque era médico e tinha uma relação com a questão da cura. Com o tempo, o túmulo do Thomaz foi completamente destruído. O imaginário popular criou os irmãos Canozzi. (CL/Os Milagreiros)
Memórias
Junto ao Ossário Cruz das Almas, a família Madruga, do bairro São Luiz, acendia velas para reverenciar os 10 membros que estão sepultados em diferentes locais do cemitério.
No túmulo da cigana Sebinca, o casal Geraldo e Inês, que residem em Lages há cerca de 20 anos, e que todos os anos vem até o jazigo para reverenciar a Cigana, “pois tenho muita fé nela e foi graças ao pedido que fiz, e que ela atendeu, que meus filhos conseguiram bons empregos”, disse Inês, ressaltando a fé que tem na Cigana.