É preciso mais mulheres na política, defende a presidente do TRE-SC

“Precisamos de mais mulheres na política para que tenhamos políticas públicas mais inclusivas. Quando se tem espaços de poder, eles devem representar a sociedade. Ainda é um desafio muito grande, mas fazemos esse trabalho de conscientizar para que esse universo seja cada vez mais acessível, humanizado, e um espaço que as mulheres entendam que elas podem e devem fazer parte”, defende a diretora da Escola do Legislativo, Marlene Fengler.

O relatório anual da União Inter-Parlamentar (UIP) publicado em 2022 reflete a baixa participação feminina na política. Em todo o mundo, apenas 26,5% das cadeiras parlamentares são ocupadas por mulheres. No ritmo atual, a UIP calcula que as mulheres levarão 80 anos para atingir a paridade nos parlamentos em nível mundial. Estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e, em média, somente 15% de eleitas.

A presidente do TRE-SC, desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, será a primeira mulher a presidir uma eleição, durante o pleito eleitoral deste ano. Ela é autora do livro “Acorda mulher: o teu lugar também é na política”.

“Nós mulheres estamos em todas as áreas, mas a política ainda é um mundo reservado aos homens. Hoje temos uma legislação que protege as mulheres contra a violência política de gênero e garante cotas para elas, mas nós ainda precisamos avançar. Tornar efetiva essa legislação para que, de fato, elas se sintam encorajadas e acolhidas a participar da política”, salientou a desembargadora.

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