Faleceu na noite de sábado, o jornalista Nivaldo Figueiredo que atuou por muitos anos na imprensa lageana. Começou como locutor da Rádio Diário da Manhã, nos anos 50, e apresentador oficial dos eventos da cidade. Depois, na Rádio Princesa, na década de 60, passou a apresentar os noticiários.
Posteriormente foi para o Correio Lageano onde atuou até nos anos 90. Junto com o fotógrafo Pacheco formava uma dupla que atuava na reportagem do jornal. Fazia especialmente as matérias pagas.
Foi aí que conheci Nivaldo e reconhecia nele um profissional eficiente, centrado e educado com seus colegas de profissão.
A partir de 1990 ele fundou sua própria revista, a Serra News, que manteve até recentemente.
Nilvado marcou uma época do jornalismo lageano da qual também fez parte Névio Santana Fernandes.
Sim, meu pai sempre falava no Nivaldo, Lages perde a cada dia os baluartes da sociedade lageana, época em que os esforços físicos e mentais faziam a diferença, até com poucos recursos técnicos do que hoje. Nomes que não são repostos, e as lacunas não são preenchidas, talvez porque os jovens de hoje não querem mais empreenderem e se dedicarem em alguma área ainda não explorada. A maioria dos jovens querem hoje, ficarem em seus quartos vasculhando as redes sociais aonde os assuntos já estão a postos. Ao mesmo tempo em que criamos uma sociedade digital, com todos os recursos possíveis, ela perde a graça, pela falta do entusiasmo e da busca por um ideal, como fizeram nossos personagens que já se foram. A sociedade atual parece cultuar a ignorância descompromissada, o filme da Barbie atrai mais multidões do que algum festival cultural, a preguiça de ler e comprar livros é evidente, comprinhas na Shein parece ter mais graça. em vez de ficarmos ao ar livre, vamos para shoppings levar os filhos. Não sei se esta pasteurização social terá um limite, ms servirá de mote para lembrarmos dos que no passado fizeram a história de Lages.