NOTA DE ESCLARECIMENTO
Ao longo dos últimos anos a situação da Uniplac vem sendo acompanhada pela comunidade acadêmica, comunidade externa e imprensa. Em muitos momentos, informações são mal interpretadas e desvirtuadas.
O processo de Intervenção Judicial tem sido visto por alguns como algo desnecessário, que já deveria ter acabado. Dessa forma, a Fundação Uniplac entende que algumas informações, necessitam ser apresentadas e esclarecidas:
A decisão pelo aumento das mensalidades escolares para o ano de 2013 não pode ser vista apenas do ponto de vista financeiro, desvencilhada de todo o contexto em que se baseou.
A folha de pagamento da Uniplac representa hoje mais de 80% de sua receita, o que é um percentual insustentável, como várias vezes foram informadas aos alunos, técnicos administrativos, professores e aos sindicatos que os representam, mas estes últimos continuam não acreditando nesta realidade.
Apedido do próprio Sindicato dos Professores, que se reuniu com os representantes da Fundação Uniplac por diversas vezes, foi realizado uma perícia técnico-contábil, com peritos nomeados pela Justiça, documento que encontra-se em processo judicial que tramita na Justiça do Trabalho de Lages, apresentando a seguinte conclusão:
“Diante do exposto e da farta documentação examinada, conclui a perícia: Que a UNIPLAC não tem condições financeiras de suportar o pagamento da vantagem salarial denominada “HORAS ATIVIDADE” aos seus professores. Nem no momento atual e nem nos cenários futuros (até 2016).”Tal conclusão foi apresentada em reunião da Fundação Uniplac com seus professores no dia 05 de setembro de 2012, nas dependências do Centro de Ciências Jurídicas. Esta reunião culminou com a decisão de cancelamento da assembleia por
parte do Sindicato dos Professores, na qual se discutiria o interesse dos professores em receber tais valores, de forma parcelada, com desconto, e até mesmo, se fosse a decisão da classe, abrir mão de tal direito, já que nem todos os professores fazem parte da ação movida pelo sindicato.
Com tal ato, o Sindicato dos Professores fez valer o seu pensamento. Nem sequer ouviu os mais interessados na situação, que são os próprios professores. A Fundação Uniplac foi acusada de conduta antissindical, como se o empregador não pudesse conversar com seus empregados, como se estes fossem inabilitados para pleitear e gerir seus próprios direitos.
Diante deste impasse, a Fundação Uniplac foi condenada a pagar altos valores aos professores, o que poderá inviabilizar por completo as suas atividades futuras, conclusão a que chegaram os próprios peritos judiciais, conforme anteriormente transcrito. Apenas o Sindicato dos Professores é que não pensa assim, ao menos é o que transparece até o
momento.
Foi solicitado, em audiência, que os professores tomassem conhecimento de tal situação, até mesmo para que eles mesmos decidam seu futuro, se preferem a manutenção de seus empregos ou o recebimento de vantagem salarial que levará à impossibilidade da continuidade da Universidade do Planalto Catarinense.
Tal providência esclarecedora entendemos fundamental especialmente em relação ao quadro de Técnicos Administrativos da Instituição. São, hoje, 222 empregos diretos, que poderão ser a qualquer momento desativados, por força da atitude desproporcional e desprovida de futuro do Sindicato dos Professores. Isto sem considerar os empregos indiretos e as inúmeras atividades direta ou indiretamente ligadas à vida útil da Universidade e sua Fundação, que poderão ser estancados sem perspectiva de retorno.
Foram apresentadas propostas de pagamento com desconto e parcelado, em condições que poderiam manter a Universidade do Planalto Catarinense em atividade, mas o Sindicato dos Professores, sem ouvir seus representados, negou qualquer das propostas, sem ao menos fazer contraproposta.
Tais fatos não são de conhecimento dos reais interessados, os PROFESSORES da Uniplac. Tais fatos não são de conhecimento dos ALUNOS, cujas mensalidades são a principal fonte de recursos da Fundação Uniplac. E, tais fatos são corresponsáveis pela decisão do percentual do aumento das mensalidades.
Ressalte-se que o aumento deveria ser bem maior para que a Fundação Uniplac pudesse arcar com o pagamento das horas-atividade, mas o custo não foi repassado, primeiro pelo conhecimento da realidade financeira dos alunos, e depois, por intervenção do Diretório Central dos Estudantes – DCE, que se negou a aceitar o aumento inicialmente solicitado, em negociações havidas em respeito à lei que regula as mensalidades escolares.
Não há lógica matemática na conta em que se aumentam despesas de forma desproporcional, sem que haja um equilíbrio com a receita.
O objetivo almejado pela Fundação Uniplac é que os próprios funcionários tenham conhecimento da real situação, sem que seja rotulada por quem quer que seja de praticante de assédio moral ou qualquer outra conduta ilegal.
A Intervenção Judicial e todos os representantes da Fundação Uniplac – Conselho de Administração, Conselho Fiscal e A Intervenção Judicial e todos os representantes da Fundação Uniplac – Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, grande parte de seu quadro de docentes, técnicos administrativos, representantes de entidades públicas, organizações da sociedade civil, comunidade em geral, imprensa, lutam pelo mesmo objetivo, qual seja, manter a Universidade do Planalto Catarinense em funcionamento.
Está na hora de todos e particularmente os professores reclamantes decidirem se este é o mesmo objetivo que perseguem.
Para isso, está disponibilizada pela Fundação Uniplac, cópia da perícia judicial, bem como da decisão judicial proferida pela Justiça do Trabalho, com a indicação de todos os encargos, despesas processuais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor da condenação para o Sindicato dos Professores e as propostas encaminhadas ao sindicato, para conhecimento dos professores.
Finaliza-se afirmando que este é um ato de total transparência e respeito à comunidade universitária – professores, técnicos administrativos e alunos – e à comunidade serrana. Espera-se que não venha a ser entendido como atitude antissindical, como alegado várias vezes pelo Sindicato dos Professores.
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Luci Ramos
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIPLAC