Nota expedida pela Secretaria Estadual da Saúde

 

 

 

NOTA OFICIAL  

 

Face à greve deflagrada pelos servidores, a Secretaria de Estado da Saúde esclarece a população:  

 

1. Atendendo antiga reivindicação do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Santa Catarina (SindSaúde), o governo do Estado contratou 611 funcionários para a área, o que provocou uma reação dos servidores que temiam perder a hora plantão, paga acima da jornada de 30 horas semanais.

2. O governo do Estado, já  no início das negociações, concordou em não reduzir o número de horas-plantão (HP) realizadas, para não causar redução na remuneração dos servidores.

3. O governo avançou e propôs construir, em conjunto com o SindSaúde, um modelo de remuneração que assegure estabilidade financeira aos servidores que já vêm cumprindo a jornada extraordinária, o que foi rejeitado pelo comando de greve.

4. Dos quatro itens da pauta de reivindicações do SindSaúde, três deles o governo do Estado atendeu prontamente.

5. O impasse se concentra na intransigência do SindSaúde em exigir o pagamento de uma gratificação, que implica em aumento de 50% no salário dos servidores, situação que não é suportável pelas finanças públicas neste momento.

6. Apesar dos apelos do governo do Estado para a continuidade das negociações, o SindSaúde rejeitou essa proposta, deflagrando a greve de forma prematura e injustificável, já que nenhum servidor terá prejuízos na sua remuneração.

 

 

 

 

Resposta à nota do governo

Em relação ao terceiro parágrafo da nota divulgada pelo governo, quando é colocado “a garantia da suspensão até a conclusão das negociações de qualquer medida que venha a causar impacto financeiro aos servidores em relaço a HP”: é redundante já havíamos acordado na ultima “negociação”.

Mas de que negociação estamos falando? Na verdade ela nunca aconteceu. Afinal, o combinado, inclusive veiculado na mídia, que traria uma proposta concreta onde seriam apresentados números. Pergunta-se: onde eles estão?

Em relação a “garantir estabilidade financeira aos servidores que habitualmente cumprem jornada de trabalho superior a trinta horas semanais”: em nenhum momento consta na nossa pauta de reivindicações tal solicitação.

Quanto a proposição “de iniciar estudos para construção de um novo modelo de remuneração em substituição ao atual regime de HP”: não se justifica tal proposição, nosso foco é a GAS e continuara sendo, já elaboramos tais estudos que legitimam e contemplam os anseios da categoria como um todo.

Este novo modelo seria a implantação das organizações sociais, por acaso?

Diferentemente do governo, somos unidos e conscientes das nossas necessidades e compete somente a categoria decidir sobre tudo que nos diz respeito.

Identificamos assim um arsenal de perguntas, ou seja, percebemos que novamente estamos sendo desrespeitados naquilo que temos de mais valioso, ou seja, na nossa condição de sujeitos capazes de construir a própria história.

Comando de Greve do SindSaúde

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