O governador Carlos Moisés só lançou agora, no final de seu terceiro ano de mandato, o Plano 1000 prometendo aos municípios recursos proporcionais ao tamanho das cidades (mil reais correspondente a cada habitante) para os próximos cinco anos. Contudo, ele permanece no governo até o final deste primeiro ano. Para os prefeitos receberem o correspondente aos outros quatro anos, ou seja, os 4/5 restantes dos recursos, terão de reelege-lo. Se Lages terá direito a R$ 158 milhões, só estariam garantidos os R$ 31 milhões do primeiro ano. E mesmo assim, só serão liberados se os prefeitos apresentarem projetos estruturantes. “Não é para asfaltar rua”, avisou Moisés. E, para isso terá de passar pelo crivo do governo. Vejam então que é preciso definir as obras, fazer o projeto, ser aprovado pelo governo, ocorrer a licitação para a liberação dos recursos, tudo isso antes de maio. Pois, estamos em ano de eleição. O que for feito até essa data, está feito.
Até agora Lages nem definiu exatamente qual será o seu projeto. Os empresários sugeriram o asfaltamento do acesso pela Coxilha Rica, desta vez via Morrinhos. Mas o prefeito Ceron entrou em férias sem que tivesse realmente dado andamento ao projeto. Um projeto desta envergadura, prevendo a cobertura asfáltica de 70 kms não se faz da noite para o dia. Terá de contratar uma empresa para tanto. Não vejo possibilidade de Lages usufruir destes recursos porque não teria tempo hábil para dar andamento. Mesmo que conseguisse o encaminhamento, os R$ 31 milhões são insuficientes para concluir a obra. Corre-se o risco de, não se reelegendo Moisés, termos uma obra inconclusa. Outros municípios de SC já estão muito mais adiantados no processo com os projetos prontos e aprovados. Por conta disso os prefeitos já se comprometeram com Moisés e defendem sua reeleição. Politicamente parece um projeto perfeito e foi bem recebido pelos prefeitos. Ao que se vê, Moisés compreendeu a dinâmica política e faz hoje o jogo do poder usando as mesmas armas da velha política: investindo nas promessas.
Por mim, esse safado pode mandar 1 bilhão, meu voto não ganha mais, aumentando impostos como está aumentando, não faz mais que obrigação de liberar dinheiro a rodo, mas eu, ele não engana mais, nem ele nem a turma do prefeito.
Acho que o governo do estado não vai liberar esse recurso. De qualquer forma o mais importante e urgente pra Lages são as obras contra enchentes, em especial no Rio Passofundo e Carah.
Lages sempre sem projeto? prefeito ta nadando???